O deputado federal José Medeiros (Podemos) afirmou que o governo federal está negociando a retirada da Concessionária Rota do Oeste do comando das obras da BR-163 em Mato Grosso. Isso por conta de uma possível morosidade da empresa em cumprir com as cláusulas do contrato, pois mesmo com a cobrança de pedágio, a duplicação da rodovia não é entregue.
Em entrevista à imprensa concedida na manhã desta sexta-feira (8), ao ser questionado sobre qual decisão o ministro de Infraestrutura Tarcísio Freitas irá tomar, Medeiros respondeu: “Tira a Odebrecht e duplica”. A Rota do Oeste faz parte da Odebrecht.
Na sequência, o parlamentar comparou a questão da BR-163 com um inquilino inadimplente. “Se eu judicializo é tudo o que o ‘nó cego’ quer, ficar brigando na Justiça e [permanece] dentro da sua casa. Então o governo está negociando, está nas vias de vender para outra para começar e a gente tem a expectativa de que nesse semestre e isso aí já possa ser resolvido”, informou.
Outro lado
Ao Leiagora, a concessionária explica que a situação não é bem como o parlamentar narra e afirma que partiu da própria empresa propostas de soluções para resolver o impasse da rodovia.
Por meio de nota, a Rota do Oeste informou o seguinte:
A Concessionária Rota do Oeste segue em tratativas avançadas com o Governo Federal, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para a retomada do contrato de concessão da BR-163 e consequentemente das obras de duplicação que ainda não foram executadas. A empresa tem total interesse que ocorra rapidamente um desfecho positivo.
A solução apresentada pela Rota do Oeste possui premissas importantes como a manutenção do patamar tarifário nos pedágios, a realização de 100% das obras que constam no contrato original e não foram executadas, o cumprimento das penalidades aplicadas à Concessionária pelo atraso no cronograma e a troca do controle acionário da empresa. Diante disso, paralelamente a Rota do Oeste negocia o repasse do controle da empresa a um outro grupo econômico.
Importante ressaltar que a Concessionária segue cumprindo o contrato normalmente em relação à prestação de serviços operacionais (guinchos, socorro médico e inspeção da rodovia) e manutenção do pavimento existente. A interrupção nas obras de duplicação se deu pela não concessão do financiamento público prometido à época do leilão, agravado pelos impactos das sucessivas crises econômicas e políticas que assolaram o país.
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