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Notícias / Cinema

10/10/2022 às 11:42

Filmes sobre Alzira E e Aline Figueiredo são exibidos no Cine Teatro nesta segunda

Exibição gratuita contará com presença do realizador Rodrigo Vargas

Entretê

Filmes sobre Alzira E e Aline Figueiredo são exibidos no Cine Teatro nesta segunda

Foto: Marina Thomé / Still - Divulgação

Dois documentários que apresentam trajetórias de personalidades fundamentais do campo das artes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são atrações desta segunda-feira (10), a partir das 19h30, no Cine Teatro Cuiabá: “Eu sou capim navalha” (MT, 2021, 34 minutos), de Rodrigo Vargas, que se concentra no universo da crítica de arte e animadora cultural Aline Figueiredo, e “Aquilo que eu nunca perdi” (2021, 86 minutos), de Marina Thomé, que investiga a trajetória da cantora Alzira E.

A exibição integra o projeto “Encontros com Cinema” e tem entrada gratuita. O realizador Rodrigo Vargas estará presente para conversa com participantes da sessão. A classificação indicativa é de 12 anos de idade e a partir das 19h30 é permitido estacionar em frente ao Cine Teatro Cuiabá.

Sobre “Eu sou capim navalha”
A crítica de arte Aline Figueiredo, de 76 anos, abre as portas de sua casa em Cuiabá para falar livremente sobre vida, morte, paixão, presente e futuro. Um mergulho na intimidade da animadora cultural que passou a vida a construir, fortalecer e apoiar a cena das artes visuais no coração do Brasil.

O filme de Rodrigo Vargas integra projeto contemplado no edital Conexão Mestres da Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT), com recursos da Lei Aldir Blanc em Mato Grosso. No contexto do projeto, Vargas também lançou o livro “O propósito de Aline”, editado pela Entrelinhas Editora.

Filha de cuiabano, nascida em Corumbá (MS), Aline Figueiredo teve um papel determinante na cena das artes visuais de Mato Grosso, em especial na função de crítica de arte, organizadora e animadora cultural. A atuação de Aline foi decisiva na trajetória de artistas como Dalva de Barros, Clóvis Irigaray, Adir Sodré e Gervane de Paula, entre dezenas de outros.

Em 1966, aos 20 anos de idade, conseguiu reunir 17 artistas de todos os cantos de Mato Grosso em uma exposição que até hoje é considerada como o marco de um novo momento para as artes visuais mato-grossenses. Para isso, bateu à porta de ninguém menos que Assis Chateaubriand, o “Rei do Brasil”. Aos 28, morando em Cuiabá, começou a mobilização que levaria ao surgimento do Museu de Arte e de Cultura Popular da UFMT, cujo acervo é um dos mais importantes do Estado.

Aline Figueiredo também esteve à frente da movimentação que levou à criação do Ateliê Livre da Fundação Cultural de MT, berço de inúmeros talentos das nossas artes. Ainda escreveu cinco livros e está prestes a lançar o sexto. Por eles, ganhou dois prêmios da Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA).

Sobre Rodrigo Vargas

Rodrigo Vargas é natural de Patrocínio (MG), mas se criou desde menino em Cuiabá (MT). Jornalista com 23 anos de estrada, já percorreu Mato Grosso, o Brasil e o mundo em busca de histórias e personagens que ajudam a compor esse caleidoscópio que chamamos de vida.

Como repórter do Diário de Cuiabá e da Folha de S.Paulo, entre outros veículos, especializou-se e teve trabalhos premiados na cobertura de temas socioambientais, direitos indígenas e conflitos agrários. Nesse caminho, notabilizou-se por preferir a estrada ao telefone, o testemunho ocular ao relato por terceiros. Essa determinação é a marca de “Andanças: reportagens pelos confins de Mato Grosso”, seu primeiro livro, lançado pela Entrelinhas em 2017.

Sobre “Aquilo que eu nunca perdi”
A vida e obra da artista Alzira E são foco do documentário “Aquilo que eu nunca perdi”, dirigido por Marina Thomé, e vencedor do Festival In-Edit Brasil de 2021. O longa teve patrocínio do Rumos Itaú Cultural e distribuição da Descoloniza Filmes.

Referência na cena musical independente de São Paulo, Alzira E é cantora, compositora e instrumentista, que atravessa e transfigura gerações na música contemporânea brasileira. O filme reúne memórias, imagens e arte para contemplar, através do cinema, os 40 anos de experimentação musical da artista.

Esta cinebiografia musical, que entrecorta fotos, jornais, materiais de arquivo, filmagens de shows e sequências íntimas e bem-humoradas de Alzira, também conta com memórias de seus parceiros sobre o processo de composição, em uma montagem rítmica que foca em contrastes e afetos, permitindo que sua trajetória seja redescoberta, mas também levando a artista a um novo público.

Há mais de 15 anos, a cineasta acompanha de perto a cantora, compositora e instrumentista Alzira E; “Desde então comecei a fotografar seus shows. Fomos ficando mais próximas com o passar dos anos, e fui conhecendo também sua família. Hoje em dia é uma grande amiga e parceira de trabalho, sempre presente”, conta.

A partir da relação construída com Alzira, a diretora Marina Thomé teve acesso a um vasto arquivo de fitas MDs, VHSs e K7s, entre vídeos e músicas, que foi digitalizado especialmente para esse documentário. Dessa forma, “Aquilo que eu nunca perdi” traz um amplo material de arquivo, mas também gravações e entrevistas inéditas que tecem a narrativa do filme, dando conta das múltiplas transformações ao longo de sua carreira, assim como suas parcerias com figuras como Itamar e Anelis Assumpção, Alice Ruiz, Ney Matogrosso, Arrigo Barnabé, Benjamim Taubkin, Almir Sater, Luli e Lucina, Luiz Waack e Renato Teixeira.

Serviço
Exibição dos documentários “Eu sou capim navalha”, de Rodrigo Vargas, e “Aquilo que eu nunca perdi”, de Marina Thomé.
Data: Segunda-feira (10), a partir das 19h30
Local: Cine Teatro Cuiabá
Classificação indicativa: 12 anos

Com assessoria
Observação:A partir das 19h30, é permitido estacionar em frente ao Cine Teatro Cuiabá.

Quanto: Entrada gratuita.

Mais informações: 65 2129-3848.
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