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08/03/2022 às 11:48

Presença de mulheres na música cresce no Brasil, ainda que de forma discreta

Entretê

A indústria da música conta com a representatividade de mulheres que se destacam como artistas e compositoras. Mas elas fazem parte de uma minoria, já que a participação feminina no mercado musical ainda é muito pequena em relação ao espaço ocupado pelos homens. No entanto, a presença das mulheres nesse mercado vem crescendo nos últimos anos.

É o que apontou o relatório O que o Brasil ouve – Edição Mulheres na Música,  elaborado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O documento, que pode ser acessado na íntegra neste link, apresenta um balanço sobre o crescimento da participação feminina, ainda que discreto.

A segunda edição do relatório, divulgado próximo ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), mostra que a presença de mulheres em relação ao número de titulares de música beneficiados com direitos autorais apresentou um aumento de 5% em 2021.

A participação feminina no ranking dos 100 autores com maior rendimento, considerando todos os segmentos de execução pública, também cresceu: apesar da presença esmagadora dos homens, a presença feminina dobrou de 2020 para 2021, saltando de 2% para 4%. Mesmo com os avanços, a média de apenas quatro mulheres entre os 100 autores com maior rendimento nos últimos cinco anos mostra que o cenário ainda está longe da igualdade.

Os titulares de música são os compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos filiados em uma das sete associações de música que administram o Ecad.

Do total de valores distribuídos em 2021, as mulheres receberam cerca de 7%, igualando o resultado de 2020.

“Esta é a segunda edição do relatório do Ecad sobre as mulheres na música e acredito que levantamentos como esse podem ajudar não só a mostrar a participação feminina, mas também apoiar e estimular o seu crescimento. Os dados apontam para um longo caminho a ser percorrido em prol de uma total igualdade de gênero nesse mercado, mas é fundamental ter um estudo que apresente a relevância e a participação da mulher. Até porque é importante levarmos em consideração que o ecossistema da música não é formado apenas por intérpretes e compositoras, mas também por produtoras e musicistas”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.

O relatório O que o Brasil Ouve – edição Mulheres na Música apresenta ainda um balanço sobre a distribuição dos direitos autorais destinada às mulheres, em comparação aos homens, as categorias de titulares de música mais contempladas, o aumento da presença feminina na gestão coletiva da música no Brasil e o ranking das músicas nacionais mais tocadas nos últimos cinco anos com mulheres entre os autores.

Exemplo


A cantora Ludmilla, de destaque nesta matéria, está se consagrando como a Rainha do Pagode, gênero dominado por homens. O álbum Numanice #2 ultrapassou a marca de 1 milhão de plays nas plataformas digitais em menos de 24h após o lançamento, em janeiro. Ela alcançou outro grande feito, nunca antes visto no gênero: todas as 10 faixas do trabalho entraram para o Top 200 das músicas mais escutadas do Spotify.
 
Com Metrópoles
 
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