O ex-secretário de Mobilidade Urbana (Semob) da capital, Antenor Figueiredo, será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Contratos, que tramita na Câmara de Cuiabá, nesta semana. A intenção é esclarecer fatos ligados ao contrato firmado pela prefeitura com a empresa Rodando Legal, o qual foi alvo de operação policial e culminou no afastamento de Antenor da pasta.
A fase de oitivas teve início nesta semana. Os membros da CPI colheram os depoimentos do gestor de contrato Michel Diniz de Paula, e do fiscal do contrato Lucimar Martins Sobrinho, ambos ligados à Semob.
A comissão solicitou ao gestor do contrato a juntada de alguns relatórios, notificações e documentos que reúnam as informações declaradas no depoimento que venham a corroborar com as investigações em andamento. O prazo para apresentação da documentação é de sete dias úteis.
Na oportunidade, também foi ouvida uma testemunha convidada pela Comissão para relatar sua experiência. Jeferson Fonseca disse ter sido preso sob acusação de receptação, após adquirir uma moto de um leilão promovido pela Semob.
A motocicleta foi apreendida, porém o prejuízo, segundo a testemunha, não foi ressarcido completamente, sendo necessário ingressar uma ação por ter sido prejudicado, inclusive com as acusações sofridas.
“Fizemos os nossos questionamentos aos depoentes, o gestor do contrato ficou de nos apresentar documentos para que sejam confrontados. Já o fiscal do contrato afirmou que ficou apenas dois meses à frente do contrato e renunciou à função em razão da falta de autonomia. Estamos avançados na parte documental da CPI. Embora a empresa esteja apresentando documentação de forma segmentada, estamos trabalhando para seguir com a finalidade da CPI e continuaremos requisitando aquilo que julgarmos necessário", explicou o relator da CPI, vereador Demilson Nogueira.
Ainda integram a CPI os vereadores Chico 2000 (PL), que responde pela presidência, e Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), que figura como membro-titular.
A CPI tem como objeto a investigação de todos os contratos, emergencias ou não, celebrados pela Prefeitura de Cuiabá e seus entes, a partir do ano 2013, incluindo autarquias e Parcerias Público Privadas (PPP).
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