O deputado federal Neri Geller (PP) se posiciona contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, mas também defende diálogo entre os poderes, pede que haja convergência e que as medidas sejam dentro da lei. Ele é contra também o uso das Forças Armadas para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) e diz que é preciso descer do palanque e encarar a crise socioeconômica do país.
O posicionamento do parlamentar vem um dia depois das manifestações de 7 de Setembro em que Bolsonaro elevou o tom, fez duras ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e convocou a população a parar o país até que as pautas do movimento sejam atendidas, dentre elas, a destituição de ministros do Supremo e o voto impresso, ambos já rejeitados no Congresso Nacional.
“Eu sou contra a posição do impeachment, mas é preciso descer do palanque e olhar para o Brasil. Não dá para toda hora ameaçar fechar o Supremo, é preciso respeitar as vias legais para o impeachment de um ministro”, afirmou em entrevista ao Leiagora, nesta quarta-feira (8).
Neri lembrou que é da base e tem votado a favor das matérias enviadas pelo presidente de interesse do país, mas deixa clara a insatisfação com o radicalismo. “Não dá para ficar o dia todo em rede social, fazendo movimento por qualquer coisa. É preciso começar a conversar, manter um diálogo. A economia não vai bem, a inflação instalada, última coisa que precisamos é de uma ruptura. Tem que trabalhar a convergência e dentro da lei”, afirmou.
O deputado destaca ainda que é preciso aceitar a derrota do voto auditável, que, segundo ele, o governo não se envolveu para garantir a quantidade de voto necessários na Câmara.
Já sobre as manifestações, o deputado diz que qualquer ato pacífico é legítimo, mas preferiu não comentar sobre os bloqueios das estradas e quer aguardar para ver até onde vai essa mobilização.
Sobre quais serão os efeitos na Câmara, Neri, que é do mesmo partido do presidente Arthur Lira (PP), diz que o colega já enviou um recado em seu pronunciamento de que não há possibilidade de fechamento do Supremo e é necessário abrir diálogo.
Lira fez um pronunciamento na tarde desta quarta-feira (8) em que pregou a pacificação dos poderes e o fim das “bravatas” nas redes sociais.
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