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Notícias / Política

08/09/2021 às 16:40

Partidos se reúnem para discutir efeitos dos atos de 7 de Setembro e bancada de MT 'some'

Medeiros e Barbudo estão em Brasília e participam de reuniões, outros cancelaram as agendas e alguns participam apenas online de sessão na Câmara

De Brasília - Alline Marques

Partidos se reúnem para discutir efeitos dos atos de 7 de Setembro e bancada de MT 'some'

Foto: Alline Marques / Leiagora

Um dia após as manifestações de 7 de Setembro em apoio do presidente Jair Bolsonaro, que defenderam pautas como o voto impresso - já derrubado pela Câmara Federal - a movimentação política ficou intensa e os partidos correram para organizar reuniões com seus deputados e senadores para se posicionar, inclusive, sobre a possibilidade de impeachment do presidente.

Por outro lado, o que se viu também foi uma debandada dos políticos em Brasília. Da bancada de Mato Grosso, estão na capital federal apenas José Medeiros (Podemos) e Nelson Barbudo (PSL), porém, passaram o dia em reuniões fora da Câmara Federal. 
Havia a previsão da votação do Código Eleitoral, mas a repercussão dos atos de 7 de Setembro tem pautado a sessão.

Apesar da ausência dos deputados de Mato Grosso, ainda participaram da sessão a deputada Rosa Neide (PT) e Medeiros, virtualemente. Já Neri Geller (PP) estava em uma agenda em São Paulo, enquanto Dr. Leonardo (SD) está de licença médica. 


Os partidos correram para reunir deputados e senadores e avaliarem os efeitos das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que subiu o tom contra o Supremo Tribunal Federal, partiu para o ataque contra o ministro Alexandre de Moraes, e voltou a trazer pautas como a do voto auditável para o debate. 

Em reunião nesta quarta-feira (8), o Podemos já manifestou que não irá apoiar o impeachment contra o presidente. O assunto ganhou força após o discurso do Bolsonaro nas manifestações realizadas em Brasília e em São Paulo e algumas siglas já começaram a se posicionar, dentre elas, o PSDB, além de partidos da oposição como PT, Psol, PC do B, PSB, que já vinham tentando fazer com que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), colocassem em plenário, afinal já são mais de 100 pedidos que não avançaram. 

O PP, partido de Lira, também já convocou reunião para esta quarta. Da bancada de Mato Grosso, Neri já se manifestou contrário ao impeachment e acredita que o ideal seria o diálogo. Esta deve ser inclusive a posição da sigla, já que o pronunciamento do próprio presidente da Câmara foi na linha de pacificação. 

O PTB havia agendado um encontro em um hotel em Brasília, mas acabou adiando o evento. A sigla é da base de Bolsonaro e teve um de seus líderes afetado pelas decisões do STF, que determinou a prisão do presidente nacional do Partido, Roberto Jefferson. Diante da proximidade com Bolsonaro, os parlamentares petebistas devem se posicionar também contrários. De Mato Grosso, Emanuelzinho não estava em Brasília nesta quarta e deve retornar à capital federal somente na próxima semana. A reportagem tentou contato, mas não obteve retorno para saber a avaliação do deputado sobre os atos de 7 de Setembro. 

O que chamou a atenção foi uma nota emitida pelo PSL em conjunto com o DEM que critica o discurso de Bolsonaro. As duas siglas negociam uma fusão, mas a sigla social-liberal é da base do presidente, tendo sido inclusive a legenda pela qual ele se elegeu. Apesar da briga que o afastou do partido, os deputados e senadores fazem parte da base. Porém, na manifestação partidária desta quarta, DEM e PSL dizem que "a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria democracia". 

A situação deixa o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) numa saia justa, já que é um defensor ferrenho do presidente. No entanto, ele já havia demonstrado interesse em deixar a legenda, agora aguarda as mudanças na legislação eleitoral para avaliar para qual partido e apesar de já não garantir que irá para o mesmo partido que Bolsonaro, ele deve seguir para uma legenda que lhe dê base para se eleger e seja do arco de aliança do presidente. 

O MDB também já se manifestou e considerou lamentável as declarações do presidente e vem se articulando junto com PSDB, PSD e Solidariedade para apoiar o impeachment. O deputado Juarez Costa (MDB) não compareceu na Câmara nesta quarta e só deve retornar a Brasília semana que vem. Carlos Bezerra está licenciado e a vaga é ocupada por Valtenir Pereira, que também não se manifestou sobre o assunto até o momento. 

 
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