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Notícias / Política

12/09/2021 às 11:00

Rosa Neide diz que Brasil está derretendo, mas vê pedido de impeachment perder força após carta

A parlamentar chegou a comentar que o afastamento do presidente era necessário para garantir estabilidade, mas viu mais uma vez Michel Temer atrapalhar os planos do PT

De Brasília - Alline Marques

Rosa Neide diz que Brasil está derretendo, mas vê pedido de impeachment perder força após carta

Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Os atos de 7 de Setembro e o discurso do presidente Jair Bolsonaro movimentaram a semana e a oposição até ensaiou colocar em pauta o impeachment do chefe da Nação, mas depois da carta enviada à nação a situação deu uma amenizada, o que acabou sendo um balde de água fria para a deputada federal Rosa Neide (PT), que chegou a cobrar diretamente do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que colocasse um dos mais de 100 pedidos de impedimento contra Bolsonaro em pauta. 

O discurso de Bolsonaro nas manifestações fez com que partidos como o PSDB, PSD e Solidariedade iniciassem um apoio ao processo de impeachment contra o presidente, o que poderia ser juntado com PT, PC do B, Psol e PSB, que já vinham defendendo o afastamento do chefe da Nação, mas para isso dependiam também da boa vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), fato que parece fora de cogitação. 

Para Rosa Neide, é preciso enxergar que o “país está derretendo, falta emprego, falta até alimentos”. Questionada ainda sobre o fato de um militar assumir o país, já que o vice-presidente Hamilton Mourão é um general do Exército, a parlamentar petista aponta que ele seria apenas para uma transição. “O Bolsonaro é um presidente totalmente equivocado. O Brasil está desmoralizado por dentro e por fora. Mourão pode fazer a transição até as eleições”, alegou. 

Um dia depois das manifestações, a parlamentar chegou a comentar sobre as rodovias trancadas e o impacto dos atos à economia. “Aqui em Mato Grosso, as BRs estão trancadas, os caminhoneiros não estão andando, em contrapartida temos 15 milhões de desempregados, 580 mil mortos, sem financiamento para agricultura familiar, com indígenas em marcha pela perda de direitos que ocorre sempre. As escolas na tentativa do retorno às aulas, sem condições necessárias, a saúde na luta para dar condições aquelas pessoas que ainda estão contraindo o vírus da covid e aqueles que no pós-covid estão sequelados, e enquanto isso o presidente torturando a população, desesperando as pessoas. Vai ter golpe?  Vai perder o emprego? Como vai ser?”, questionou a deputada. 

Para a deputada, o Brasil precisa de normalidade econômica, seriedade, e por isso é importante juntar forças para a hora do impeachment.

No entanto, ironicamente, mais uma vez o PT viu Michel Temer atrapalhar seus planos. O ex-presidente, que assumiu após Dilma Roussef (PT) sofrer um processo de impeachment, foi o responsável pela elaboração da carta à nação de Bolsonaro, em que ele ameniza o tom, defende a harmonia e diz que as declarações foram no calor do momento. 


Temer foi além, intermediou uma ligação do presidente ao ministro Alexandre de Moraes, chamado de canalha por Bolsonaro no discurso da Avenida Paulista, e acalmou os ânimos entre eles. Com isso, o recuo já surtiu efeito tanto com a ala bolsonarista mais radical, que a princípio não aceitou muito bem a carta, quanto com o movimento que pretendia pressionar Arthur Lira para abrir o processo de afastamento do presidente. 

Três dias depois da carta vir à tona, Bolsonaro retomou o controle das milícias digitais e o argumento de que ele foi “estadista e estratégico” parece ter sido aceito por seus apoiadores.

 
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1 comentário

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  • welber 13/09/2021 às 00:00

    Um país que ainda tem parlamentares de uma Quadrilha disfarçada de partido como é o caso do PT, só pode definhar mesmo. Aliás, quem conhece Rosaneide dos tempos que ela ainda era uma mera candidata a vereadora em Diamantino ainda finge o que não sabe o que ela escondia nas "rosas" que distribuía fazendo boca de urna nas eleições de 2000.

 
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