Primeira sigla a se adiantar no processo de escolha de candidato para as eleições de 2022 à presidência da República, o PSDB quer se emplacar com a terceira via. Com isso, pretende retomar o posto de 'anti-PT raiz'. Em seu histórico, acumula seis eleições à presidência contra o Partido dos Trabalhadores, vencendo duas (1994 e 1998) e perdendo quatro (2002, 2006, 2010 e 2014).
O deputado estadual Carlos Avallone, presidente estadual do PSDB em Mato Grosso, destaca que assim como receberam com festa o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como candidato às prévias, nesta sexta-feira (24) o partido também vai receber o governador de São Paulo, João Dória.
Dória e Leite vão se enfrentar nas prévias do partido em novembro, quando os cerca de 1,3 milhão de filiados tucanos farão a escolha interna. Mato Grosso tem aproximadamente 45 mil filiados. Leite foi ouvido por cerca de 250 lideranças de 42 municípios quando esteve no Estado e foi recebido pelo governador Mauro Mendes (DEM).
João Dória também deve ir ao Palácio Paiaguás na noite desta sexta, após a coletiva de imprensa. Já o compromisso com a militância tucana será no sábado (25), às 9h, no Hotel Holiday Inn.
Para Avallone, é caminho natural que o PSDB tenha candidato a presidente da República. “Disputamos sete eleições, ganhamos duas do PT e disputamos outras quatro contra o PT, mas perdemos. Somos a antítese do PT, somos adversários do PT e isso às vezes quer ser tomado por outros dos outros partidos. Alguns comentários do ex-presidente FHC, comentário de ordem pessoal, não é a posição partidária do PSDB”, destacou o presidente estadual da sigla.
Disputa pelo governo
Em Mato Grosso, há três nomes do partido que podem concorrer ao governo do Estado: o ex-deputado federal Nilson Leitão, o prefeito de Sorriso Ari Lafin e o ex-prefeito de Cáceres Francis Maris. Contudo, diferente do cenário nacional, Carlos Avallone acredita que no Estado haverá consenso entre os três, sem a necessidade de prévias.
“Como dizia Dante de Oliveira, eleição em um partido do tamanho do PSDB sem candidatura, ele acaba. Precisamos colocar nomes à disposição e a eleição é de dois turnos. Ninguém está contra ninguém, mas acho importante que os partidos viabilizem nomes. Não quer dizer que o partido não apoia mais o governador, mas que queremos buscar candidatura própria. Estamos na base e apoiamos a gestão que está indo bem”.