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Notícias / Política

03/10/2021 às 14:01

Emanuel busca eleitorado bolsonarista e tenta colar no presidente com elogios

O gestor do Executivo municipal vem mudando o tom de seu discurso, assemelhando-se às falas de Bolsonaro e questionando as críticas que são feitas ao presidente

Angélica Callejas

Emanuel busca eleitorado bolsonarista e tenta colar no presidente com elogios

Foto: Prefeitura de Cuiabá

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) busca se aproximar cada vez mais do governo Federal e para isso não poupa elogios ao próprio presidente Jair Bolsonaro. Durante a inauguração da Escola Cívico Militar Profª Maria Dimpina Lobo Duarte, que aconteceu na manhã da sexta-feira (2), o emedebista aproveitou a participação remota de Bolsonaro para rasgar seda ao chefe da República. 

Pinheiro destacou, inclusive, o trabalho do governo Federal na campanha de vacinação contra a covid-19, disse não entender as críticas feitas ao presidente e ainda deu crédito a Bolsonaro pela concretização da ferrovia estadual de Mato Grosso, projeto do governador Mauro Mendes (DEM), que teve de brigar com o Ministério dos Transportes para garantir a efetivação do contrato com a Rumo Logística S/A para a construção dos trilhos no estado. 

"Foi lançada a ferrovia estadual, um feito histórico para Cuiabá, fruto de um sonho de um grande cuiabano, nosso querido e saudoso senador Vicente Vuolo. Entretanto, a maioria esmagadora das autoridades esqueceram de lembrar que essa ferrovia, que é investimento privado, só aconteceu graças ao espírito desprendido do presidente Jair Messias Bolsonaro, que abriu mão do protagonismo e entregou para Mato Grosso dar a alcunha de ferrovia estadual", avaliou o gestor.

No entanto, o que ocorreu foi uma articulação dos senadores de Mato Grosso junto ao ministro dos Transportes, Tarcísio Freitas, para garantir a legalidade na construção da ferrovia estadual. Isso, porque o próprio governo federal havia editado uma Medida Provisória, que acabava retirando do estado a possibilidade de construir ferrovias. 

Entretanto, esses elogios não são à toa, já que Emanuel tem demonstrado pretenção na disputa para o governo e está em um estado que tem uma base bolsonarista muito forte. Essa tentativa de aproximação com o eleitorado de Bolsonaro visa as eleições de 2022 e também minar o grupo de oposição, que tem como líder seu adversário na disputa de 2020, o ex-vereador Abílio Brunini (Podemos), que é ligado à direita mato-grossense. 

Outro motivo para essa ‘paixonite’ por Bolsonaro está ligado também à reeleição do filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB). O parlamentar, inclusive, está no partido em que Bolsonaro vem ‘namorando’ para se filiar, e tem no comando um dos maiores defensores do governo Federal, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), responsável por entregar o esquema do mensalão.

O gestor do Executivo municipal vem mudando o tom de seu discurso, assemelhando-se às falas de Bolsonaro e questionando as críticas ao presidente no que diz respeito ao programa de vacinação no país, afirmando que deve haver uma falha na comunicação entre ele e a sociedade. 

"Eu estava para decidir se eu liberaria totalmente a cidade e suspendo os decretos que limitavam o direito de ir e vir da população. Porque estamos ladeira abaixo da propagação do vírus e hoje, em termos de casos confirmados, voltamos aos números de outubro do ano passado, quando não existia ainda a segunda onda. Isso é alentador e devemos isso à imunização da população, patrocinada pelo governo Bolsonaro", pontua.

Emanuel questiona as críticas feitas ao presidente e alega que falta comunicação com a população. Isto porque, o programa de vacinação está avançando. "Ele recebe aí uma grande saraivada de críticas, como negacionista, como homem contra vacinas, e eu não consegui entender qual é a falta de elo de comunicação entre o presidente e a sociedade, mas aqui de público levo ao presidente os nossos abraços e as vacinas estão chegando, graças a deus", finaliza.

Apesar dos elogios, Cuiabá já enfrentou falta de vacina em mais de um momento, justamente pela demora do governo Federal no envio das doses. Além disso, a questão negacionista é vinculada ao presidente pelo fato de se recusar a vacinar.
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