O deputado estadual Carlos Avallone, presidente regional do PSDB, não acredita que o ex-juiz federal Sérgio Moro consiga emplacar candidatura à presidência da República pelo Podemos. Para o deputado, a viabilização de um nome por parte da agremiação tucana será consolidada no início do próximo ano.
“Primeiro eu não acredito que o Moro vá para o Podemos. Vi até a matéria, o Medeiros me parece um cara extremamente Jair Bolsonaro, como que o Moro vai para o Podemos? A não ser que o Medeiros esteja saindo do Podemos. Isso pode acontecer”, disse.
As declarações do parlamentar fazem referência ao posicionamento do governador de São Paulo João Doria, que garantiu que poderá abrir mão uma eventual candidatura rumo ao comando do Palácio do Planalto, caso o ex-magistrado esteja melhor posicionado nas pesquisas de intenção de voto.
“Na questão da terceira via, eu acho que todos que estão pensando numa terceira via têm que estar disposto a abrir mão se o outro tiver mais viabilidade. Eu só não acredito que o Moro vai ter mais viabilidade que os candidatos do PSDB. Acho que os candidatos do PSDB, seja o Dória, seja o Leite, serão mais viáveis que o Moro. Então, não tem sentido quem está melhor na pesquisa abrir mão para quem está pior”, acrescentou Avallone, lembrando que o partido ainda não bateu o martelo quanto a candidatura do Doria.
O governador deverá disputar prévias conta o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “Agora, se o Moro estiver melhor, eu acho que o PSDB, para poder sentar na mesa, tem que estar disposto a abrir mão. Então, a gente não pode pensar numa candidatura, querendo o apoio dos outros e dizendo: ‘só aceito o seu apoio, mas não te apoio’. Isso é muito ruim. Mas, eu acredito que naturalmente o PSDB estará numa melhor posição. Essa é a minha expectativa e nós do PSDB vamos trabalhar para isso”, completou.
Para o deputado, a questão referente a eleição presidenciável só caminhará após o carnaval. “Após a eleição das prévias do nosso partido, dê Eduardo Leite, dê Doria, nós esperamos que o outro apoie o vencedor, e a partir de janeiro e fevereiro vai começar a subir nas pesquisas. Eu não vejo grandes motivos para antes de fevereiro ter mudanças nas questões eleitorais. Ainda vai estar polarizado entre Lula e Jair Bolsonaro”, finalizou.
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