Mesmo contrariado, o senador Wellington Fagundes (PL) tem conversado com lideranças de Mato Grosso sobre a construção de uma eventual candidatura ao governo do Estado. O congressista vem sendo pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que ingressou no PL recentemente e tem “exigido” palanque seguro nos estados brasileiros para garantir a sua reeleição.
Em Mato Grosso, Fagundes é o mais cotado, tendo em vista o seu histórico político e sua densidade eleitoral. Além disso, Bolsonaro já tinha compromisso de apoiar o deputado federal José Medeiros (Podemos) para o Senado, e o parlamentar não tem recuado da ideia.
Portanto, diante deste cenário, Fagundes começou a se movimentar para consturir um arco de aliança forte para disputar o cargo de governador e evitar uma nova derrota como ocorreu em 2018.
Na quarta-feira (23), o liberal se reuniu com o senador Jayme Campos e com o deputado estadual Eduardo Botelho, ambos do União Brasil (UB). Também esteve presente no encontro o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSB) para tratar da viabilidade de Wellington para a disputa rumo ao comando do Palácio Paiaguás.
Nos bastidores, a conversa é que Fagundes condicionou a sua candidatura ao governo do Estado ao apoio de Jayme e Julio Campos (UB). Tanto é que, durante a reunião, o senador teria sugerido que a ex-prefeita Lucimar Campos (UB), esposa de Jayme, pudesse ser indicada à vice em sua eventual chapa. Outro cenário sugerido foi com Botelho de vice.
Porém, ainda não há nada de concreto, tendo em vista que Jayme, Julio e Botelho fazem parte do mesmo partido que o governador Mauro Mendes (UB), que deve disputar a reeleição neste ano. Além disso, Fagundes deixa claro que a preferência é para disputar a reeleição.