O ex-secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, foi pragmático ao responder se permanece ou não no União Brasil para viabilizar candidatura a deputado estadual: qualquer pessoa pode trocar de partido até a meia-noite. A declaração foi dada no Palácio Paiaguás, nesta sexta-feira (1º), onde acontecem reuniões com políticos de vários partidos da base aliada do governo do Estado.
“Ninguém nunca me ouviu falar que sairia do partido. Mas é assim, até às 24 horas de hoje, qualquer um pode mudar”, disse o ex-secretário.
Ele e o ex-secretário Alberto Machado, o Beto Dois a Um, são pivô de um conflito de interesses em decorrência da formação da chapa de deputado estadual do União Brasil.
Acontece que o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco e o ex-governador Júlio Campos, ambos do União, exigem que os dois ex-secretários sejam candidatos pelo União Brasil para garantir votos suficientes para a chapa eleger pelo menos três deputados na Assembleia Legislativa.
Os mesmos Dilmar e Júlio Campos também reclamaram, em várias ocasiões, que Beto e Gilberto estariam sendo privilegiados pelo governo do estado e “invadindo” a base eleitoral. Agora, os ex-secretários têm seus nomes cotados para disputar a eleição por outros partidos, o que esvaziaria a chapa do União, e por isso Dilmar e Júlio passaram a exigir a permanência deles na sigla.
Gilberto e Beto são aliados de Mauro Mendes desde quando o empresário foi prefeito de Cuiabá. Nos corredores do Palácio Paiaguás, corre informações de que o chefe do Executivo estadual não quer os dois ex-secretários na mesma chapa para ampliar as chances de ver ambos - ou pelo menos um deles - eleitos.
Simultaneamente, Júlio Campos e Dilmar têm buscado alternativas e podem deixar o União Brasil, que teria a chapa de deputado estadual prejudica. O ex-governador já está com a ficha de filiação do PSD na mão e o deputado estadual tem conversas avançadas com várias siglas, como MDB e PSDB.
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