Mantendo o tom de dúvida quanto a sua permanência no cenário político, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que vai aguardar as conversas do grupo político que faz parte, junto do governador Mauro Mendes (União), para decidir onde poderá ser mais útil no pleito deste ano. "Vamos ver o que vai sobrar para mim", disse, em tom melancólico.
Ele reforçou várias vezes que é um "homem de grupo", e não descartou a possibilidade de vir a repetir a dobradinha com Mendes nas urnas em outubro. “Acho que é possível, tudo é possível”, comentou.
Por outro lado, também não descarta encabeçar uma candidatura ao Senado Federal. “Como eu falei, nós não falamos ainda sobre a coligação, a organização desse próximo pleito. Eu costumo sempre me posicionar verificando as possibilidades e o lugar que eu posso ocupar e ser útil. Vamos avaliar e ver onde posso ser mais útil”.
Pivetta, contudo, reforça que as necessidades do grupo político estão acima de projetos pessoais. “Vou ver o que sobra pra mim. Sempre fui muito discreto, sempre fui de grupo, desde 2002 na época do Blairo. Vou ver agora se tem um lugar pra mim que possa ser útil”, completou.
Vale lembrar que, em 2020 ele recuou de disputar o Senado Federal nas eleições suplementares em prol de seu grupo político, especialmente para não colocar o governador em uma sinuca de bico, tendo em vista que Mendes tinha feito um acordo de apoiar o senador Carlos Fávaro (PSD).
O fato, inclusive, gerou um mal-estar entre Pivetta e o chefe do Executivo Estadual. Prova disso é que o vice-governador declarou apoio para a coronel Fernanda (PL) na corrida à senatória.
