Pré-candidato a deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), o vereador sargento Joelson garante que não fará campanha para o governador Mauro Mendes (União) no pleito deste ano. O parlamentar afirma que o postulante à reeleição não respeita o servidor público e, diante deste cenário, está atrás de um nome que possa encarar as urnas contra o atual chefe do Executivo Estadual.
“Na realidade, a gente esta atrás de um candidato a governador que possa a respeitar os anseios dos servidores públicos. O servidor público não quer ser prioridade de nenhum governo, não é nada disso, a gente quer que os nossos direitos, conquistados a duras penas, sejam respeitados. O governador Mauro Mendes não vem respeitando nem trabalhadores da ativa, nem aqueles que passaram por dificuldades para ser o que o estado é hoje”, justificou.
As críticas foram feitas um dia após a Assembleia Legislativa ter arquivado o projeto de decreto legislativo que sustava os efeitos do acordão do Tribunal de Contas, o qual impede o pagamento de 4,19% da Revisão Geral Anual (RGA) de 2018.
A matéria foi arquivada na quarta (8), graças a uma “manobra” da base governista, que conseguiu manter o parecer contrário da Comissão de Trabalho e Administração Pública.
“Ele [Mauro Mendes] não respeita nem os aposentados, que pagam um preço muito alto, aliás, mais alto do que os servidores da ativa. O governador por diversas vezes teve a oportunidade de consertar isso, ontem foi uma prova disso. Os 4% que foram negados aos servidores públicos ontem custariam somente R$ 200 milhões para o governo, que tem R$ 20 bilhões a mais de arrecadação só esse ano de ICMS”, completou.
Questionado se não teme uma represália, tendo em vista que o PSB integra a base governista, o vereador nega. “Eu tenho dito, inclusive ontem tivemos uma reunião dos nove pré-candidatos a federal, e eu tenho sido muito claro ao presidente Max Russi, que eu tenho dificuldade de caminhar com o governador, não é o meu interesse caminhar com o governador. Se for obrigado, eu não vou fazer campanha, vou ficar quieto para governador. O meu partido está na base, mas eu não estou na base. Eu represento servidor público e não tem como eu estar atrelado a esse governo”, finalizou.