O deputado federal José Medeiros (PL) avalia que o governador e candidato à reeleição, Mauro Mendes (União), não oferece palanque para a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, isso ficou claro até nas palavras do próprio Mauro, o qual disse estar “cuidando da própria vida”.
"Eu não sei se foi prometido, mas o que chegou a mim é que a proposta foi que o presidente não lançasse candidato aqui, porque ele já teria um palanque pronto. Ele não teve esse palanque e essa é que é a verdade. O governador tá cuidando da vida dele lá e ele mesmo deu uma entrevista e deixou isso claro”, disse Medeiros, em entrevista ao programa Agora na Conti, na noite de segunda-feira (26).
O “prometido” a que o parlamentar se refere é sobre o acordo feito para Mauro Mendes e Bolsonaro se apoiarem mutuamente nas eleições. Essa articulação ocorreu no período de pré-campanha, após Bolsonaro ter migrado ao PL, sigla que em Mato Grosso já possuía o senador Wellington Fagundes como pré-candidato à reeleição.
Como nem Wellington fazia parte do grupo do governador e nem Mauro era considerado um bolsonarista, havia a expectativa do PL lançar ou apoiar uma candidatura de oposição ao governo. Entretanto, os dois firmaram uma aliança, Mauro afirmou que apoia Bolsonaro e o presidente também deu entrevistas com declaração de apoio ao governador.
Para Medeiros, que é vice-líder do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Mauro não deu o palanque prometido e são os candidatos a deputados estaduais e a deputados federais que fazem a campanha de Jair Bolsonaro em Mato Grosso, quando essa responsabilidade deveria ser da majoritária.
“Não é assim que funciona. Quando você dá um palanque, você se empenha. É o que nós procuramos fazer para suprir vácuo, nós os candidatos proporcionais saímos fazendo carreatas, buscando dizer olhe, colocando jingle. Então ele acabou tendo um palanque na proporcional e isso nunca acontece, palanque é com o governador. Mas, como não aconteceu nós corremos para manter acesa a chama da candidatura presidencial”, concluiu Medeiros.
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