Indignado com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que negou o registro de candidatura ao Senado, o deputado federal Neri Geller (PP) fez questão de fazer um apelo aos seus eleitores e sua militância, garantindo que estará apto a ser votado e seu nome estará na urna. Ele acredita que terá uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal até esta sexta-feira (30), o que lhe garantirá também mais segurança na disputa.
“Meu adversário não cresceu em momento nenhum e a minha militância esperou, meu registrou saiu, meu nome estará na urna. Eu convocou a militância para acompanhar, vamos ganhar a eleição, vou restabelecer a verdade. A vocês que estão me assistindo, quer dizer: “fiquem firmes”. A campanha vai se consolidar, meu nome vai estar na urna, tentaram no tapetão, mas vai ser o contrário. Vamos restabelecer a verdade e dar opção da população eleger um senador com compromisso com a sociedade. A população sabe quem é meu adversário, tenho 32 anos na política, fazendo acordos escusos. Vamos enfrentar e ganhar eleição, com a militância na rua, muita perseverança, e daremos o troco na urna”, afirmou.
O parlamentar aproveitou que a imprensa estava reunida para cobertura do debate ao governo na TV Vila Real para comparecer ao local e falar sobre o indeferimento do registro. Ele pediu a confiança do eleitor, garantindo que seu número estará na urna eletrônica e poderá receber os votos.
O parlamentar aposta que reverterá esta decisão, a qual considera injusta e reforça a tese de que o recurso recebido das empresas Bunge e Seara Alimentos trata-se de negociação agrícola e não era caixa 2 de campanha. Inclusive, garantiu que ainda hoje sua defesa irá ingressar com recurso junto ao STF e esperar ao menos uma decisão liminar até a tarde desta sexta-feira (30).
“Nada melhor do que trabalhar as coisas como elas são. Essa cassação que recorremos, se dá única, e exclusivamente, por eu ter recebido dinheiro da Bunge e da Seara Alimentos e ter repassado para meu filho que é meu sócio. Estou muito tranquilo e vou manter candidatura e seria covardia da minha parte se eu recuasse agora neste momento. Nossa candidatura está posta e eu não devo”, declarou.
Neri fez questão de explicar mais uma vez toda a transação financeira que é apontada pela Justiça Eleitoral como caixa 2 na campanha de 2018, quando foi eleito deputado federal. No processo consta uma triangulação financeira entre o parlamentar e o filho, em que os recursos repassados pelas duas empresas teriam sido transferidos para o jovem e retornaram ao pai já como recurso para a campanha.
Porém, o deputado alega que o dinheiro é referente à venda de soja e milho. Ele assegura que os contratos estão na declaração de renda e também apresentou notas fiscais. “Eu não devo, pode olhar o anexo do processo, foi quebrado o sigilo bancário e fiscal eu não recorri, porque eu não tenho uma vírgula para esconder. Minhas contas foram aprovadas aqui e lá em cima. Colaborei com MP, apresentei toda minha movimentação, poderia ter postergado, não fiz. Apresentei os depósitos com desconto do Fethab, tenho contrato mútuo, exerço esta atividade desde 1998 e ele (filho) é meu sócio desde que o emancipei com 17 anos”, justificou.
