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01/10/2022 às 08:33

Dinheiro arrecadado por candidatos em vaquinhas cai 51% em 2022

O recurso voltado para financiamento das campanhas começou a valer em 2018 e, naquele ano, chegou a R$ 25,2 milhões em doações

Metrópoles

Dinheiro arrecadado por candidatos em vaquinhas cai 51% em 2022

Foto: Reprodução

O dinheiro arrecadado por candidatos por meio de vaquinhas virtuais caiu 51% nas eleições de 2022 em relação à anterior, de acordo com os dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O recurso voltado para financiamento das campanhas começou a valer em 2018 e, naquele ano, chegou a R$ 25,2 milhões em doações. Agora, o montante está na faixa de R$ 12,4 milhões. O prazo para doações se encerra neste sábado (1º/10), segundo a Legislação Eleitoral.

Os partidos que mais receberam recursos foram Novo, PT, PSol, Republicanos e Podemos. Entre os candidatos, lideram o ranking Luiz Lula Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, Chiquinho Assis (Republicanos-MS), Alessandro Molon (PSB-RJ), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Vinicius Poit (Novo-SP).

O valor deve mudar uma vez que os postulantes podem prestar contas até 30 dias após o primeiro e segundo turno do pleito.


Presidenciáveis no topo
 
Líder nas principais pesquisas, Lula recebeu R$ 925 mil, o maior valor entre os postulantes. O segundo lugar é do candidato a deputado federal Chiquinho Assis com R$ 492 mil, seguido por Alessandro Molon, com R$ 369 mil, que tenta uma vaga ao Senado.

Os candidatos a governador Ibaneis Rocha, com R$ 349 mil, e Vinicius Poit, com R$ 273 mil, completam o top 5 do ranking.

Em relação às siglas, Novo (R$ 2,4 milhões), PT (R$ 2,3 milhões), PSol (R$ 1,3 milhão) foram os que mais arrecadaram até o momento. Em seguida, estão Republicanos, com R$ 854 mil, e o Podemos, com R$ 688 mil.

Já em 2018, políticos que concorreram à Presidência da República lideraram o ranking de arrecadação. O primeiro lugar é ocupado pelo então candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que somou R$ 3,7 milhões em doações. Em seguida, vêm Fernando Haddad (PT), com 1,5 milhão, Lula — que teve a candidatura indeferida —, com R$ 598 mil, João Amoedo (Novo), Marina Silva (Rede), R$ 473 mil, e Ciro Gomes (PDT), que arrecadou R$ 351 mil.

Entre os partidos, o PSL acumulou mais recursos vindos do financiamento coletivo, totalizando R$ 4,6 milhões. Em segundo lugar, o PT teve R$ 3,8 milhões. O partido Novo e a Rede também registraram doações expressivas, que ultrapassaram R$ 2 milhões.


Diminuição
 
O cientista político Rodolfo Marques, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que o fato desta ser a segunda vez em que o crowdfunding – vulgo vaquinha – é usado pode ser uma das explicações para a diminuição no valor. “Como houve, em 2018, uma mudança muito significativa na maneira do financiamento das campanhas, eu acredito que houve uma uma mobilização maior para que as pessoas físicas pudessem ajudar naquela ocasião”, afirma.

Marques também ressalta que a crise econômica que os brasileiros enfrentam atualmente, com altas de preços, também está ligada à diminuição das doações.
Além disso, há a questão da motivação ideológica, segundo o cientista político. “A partir do momento em que você faz uma doação, você tem essa informação praticamente publicitária e você demonstra um apoio efetivo a alguém”, diz.


Como funciona
 
Qualquer pessoa física pode doar, mas valores iguais ou superiores a R$ 1.064,10 precisam ter transferência eletrônica ou cheque cruzado e nominal para serem efetivadas.

Todas as doações devem ser informadas à Justiça Eleitoral pelo candidato, que só recebe os valores arrecadados se efetivar sua candidatura no TSE. Caso contrário, o dinheiro é devolvido aos doadores pelas empresas responsáveis pela arrecadação, descontados os custos de financiamento da plataforma.
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