As polêmicas decisões e também resoluções por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre fake news nas redes sociais e a abordagem da emissora Jovem Pan a respeito do ex-presidente e candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva repercutiu no estado entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O governador Mauro Mendes (União) é um dos que saiu em defesa da liberdade de imprensa.
“Vejo com muita reserva este tipo de situação. Claro que tem que combater excessos e a verdade tem que sempre estar sendo dita, mas eu acredito que a liberdade de imprensa é um bem maior da sociedade”, afirmou o chefe do Executivo, que inclusive recorreu à justiça com diversas ações contra sua adversária Márcia Pinheiro (PV) alegando a propagação de fake news.
Outro que se manifestou sobre o assunto foi o deputado federal Abilio Brunini (PL), que aponta que estas medidas já sinalizam como o governo petista pretende atuar para regular a mídia. Ele pondera ainda que apesar de Bolsonaro ser sempre atacado, e até vítimas de fake news, ele não pratica censura.
“Essa decisão já é um sinal. Qualquer um pode falar o que quiser do Bolsonaro, pode criticar, até fake news, mas você não vê ele praticando censura, quando você parte para desmonetização de canal, ameaças de perder a concessão, é um sinal muito claro, de que só em regimes de ditadura isso ocorre, de dizer antecipadamente o que pode falar”, afirmou o futuro deputado.
Outro parlamentar eleito que também comentou o assunto foi Fábio Garcia (União). Ele diz ser contra qualquer tipo de censura e vive em um país livre e democrático. “É preciso respeitar o direito das pessoas de se manifestarem, na verdade hoje toda a população tem como saber se uma notícia é verdadeira ou não, não precisa ter censura nos meios de comunicação”, declarou.
O deputado federal reeleito, José Medeiros (PL), já é um crítico do ministro Alexandre de Moraes há algum tempo e usou as redes sociais para criticar a decisão do TSE, que teve o magistrado como relator. O parlamentar afirmou: “a Jovem Pan sofrer sanções é injusto porque ela mantém quadros que inclusive são filiados ao PT para debater com os quadros que são contrários ao PT”.