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31/12/2022 às 08:31

Nem BRT e nem VLT: 13 anos após ser anunciada cidade-sede da Copa, Cuiabá sofre com transporte precário

Desde 2020, o governador optou por construir o BRT e as obras começaram agora em dezembro e a previsão de entrega é para 2024, 10 anos após a data esperada

Jardel P. Arruda

Nem BRT e nem VLT: 13 anos após ser anunciada cidade-sede da Copa, Cuiabá sofre com transporte precário

Foto: Foto: Marcos Vergueiro / Secom-MT

Em maio de 2009, Cuiabá foi anunciada como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Em questão de meses, foi formada a Agência Executora da Copa do Mundo (Agecopa), com objetivo de tocar políticas públicas para transformar a Capital em uma cidade capaz de receber turistas do mundo, e uma das maiores transformações seria a implantação de um novo modal de transporte público para conectar o aeroporto em Várzea Grande a Arena Pantanal: O BRT.

Já se passaram mais de 13 anos e a população de Cuiabá e Várzea continua com o antigo modal de transporte urbano. Solucionar esse problema, que tem mais de 13 anos, foi um dos compromissos da primeira campanha de Mauro ao governo em 2018. 

Licitado em maio deste ano, o último ano do primeiro mandato de governador de Mauro Mendes (União), as obras do BRT já iniciaram com a retirada dos trilhos do VLT. o Consórcio Construtor BRT, liderado pela empresa Nova Engevix, trabalha nos projetos executivos desde a assinatura da ordem de serviço, em outubro de 2022.

Enquanto isso, a população continua sem o ônibus de transporte rápido (BRT), e também sem o trem do veículo leve sobre trilhos (VLT), que foi a segunda opção e a única a começar a sair do papel, porém, cuja escolha passou por um estudo fraudado e uma licitação alvo de investigação.

A maldição do VLT

Com o fim do mandato de Blairo Maggi e o início da gestão Silval Barbosa, em 2011, a Agecopa foi desmantelada e transformada em Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa). Adilton Sachetti, que era diretor-presidente do órgão, foi demitido e a Secopa passou a ser comandada por Eder Moraes e, depois, por Maurício Guimarães. 

O então Silval Barbosa e o então presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, passaram a defender a troca do BRT pelo VLT, por se tratar, então, de um modal mais moderno. Um relatório no Ministério das Cidades, que mais tarde descobriu-se que era fraudulento, atestou a viabilidade de mudar o sistema de transporte e assim foi feito.

As obras do VLT, com 22,5 km de extensão e possibilidade de ampliação, eram tratadas como maior legado da Copa para Cuiabá e Várzea Grande. Elas foram iniciadas em 2012 e eram divididas em 3 etapas: A primeira ligando o centro de operações, no Aeroporto Marechal Cândido Rondon ao Porto, que deveria ter ficado pronta para a Copa do Mundo, a segunda; a segunda ligando o Porto ao Centro Político Administrativo; e a terceira com a conexão entre o centro de Cuiabá e a região do Coxipó, saindo do Morro da Luz.

As obras foram marcadas por sucessivos problemas e atrasos. Foram interrompidas em dezembro de 2014. Em seguida, se tornaram alvo da Justiça Federal por conta de um esquema de fraude na licitação.

Desde então, a conclusão dessas obras tem sido tema tanto das eleições municipais em Cuiabá quanto da para governo do Estado. O antecessor de Mauro Mendes, o ex-governador Pedro Taques, tratou do tema ao longo dos 4 anos de mandato, judicializou a questão e não chegou a nenhuma solução.

Mauro Mendes conseguiu ratificar a recisão com o Consórcio VLT Cuiabá, mas só em 2022 a licitação para o BRT saiu do papel. E as obras, somente ano que vem. Por enquanto, o maior avanço é a retirada dos trilhos do VLT em Várzea Grande.
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