Mato Grosso reúne três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal), tão diferentes entre si, convocando a consciência sustentável como forma de atrelar o desenvolvimento econômico às demandas do meio ambiente.
Expert em consultoria ambiental, o engenheiro florestal Edson Mendes de Freitas Neto explica que a preservação agora também passa a ser um novo nicho de mercado, promissor e com infinitas possibilidades.
Um exemplo disso é a HPI-MT, que está em construção e logo deverá ser inaugurada em Cuiabá. Edson é o consultor técnico da empresa, cuja atividade será tratar lixo infectocontagioso e dar destinação sustentável a ele.
“A HPI-MT traz uma aposta muito empolgante para qualquer empreendedor. Sua proposta vai além do que estamos acostumados a ver no mercado atualmente: ela não se limita a tratar esse lixo hospitalar e descartá-lo em seguida nos aterros. O material encaminhado à HPI-MT será tratado, processado, transformado em cinzas e, enfim, enviado à construção civil, onde será transformado em cimento”, explicou.
O engenheiro também explica que, para sair do papel, a empresa precisou preencher uma série de requisitos ambientais, para garantir a segurança e preservação do meio ambiente, o mesmo que proporciona o desenvolvimento econômico e encanta com suas belezas naturais.
Por geralmente se tratar de áreas de grande extensão, conforme Edson detalha, essas propriedades precisam de um estudo mais aprofundado para evitar qualquer erro de cálculo. Utilizar os recursos naturais com responsabilidade é fundamental para a sustentabilidade e evitar que seus clientes sejam penalizados por algum dano ambiental. “Para cada bioma, há um percentual mínimo de preservação estipulado pela lei. Conhecer o ecossistema presente no local nos permite planejar e executar os projetos. Por vezes, esse estudo nos permite até mesmo ampliar a proteção a uma área de preservação que, por um motivo ou outro, esteja em risco”, detalha o especialista.
Neste estudo da área, o escritório Mendes & Freitas, do qual Edson é fundador, também identifica possíveis locais que precisem de recuperação. Nesses casos, a empresa já é imediatamente notificada para procurar o Ministério Público em busca de um firmar Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e recuperar a área.
Mais que reduzir significativamente a multa ambiental que será aplicada, a medida tem por objetivo adotar as ações necessárias para não permitir que a situação se torne irreversível. “É da terra que essas empresas geram emprego e renda, que contribuem para o desenvolvimento do estado. Essa é a maior riqueza e o produtor, seja qual for o seguimento em que atua, conhece esse valor. Ter uma área em situação irreversível é uma grande perda a todos, por isso agimos o mais rápido possível quando identificamos essas lacunas na preservação”, conclui.
Assessoria
