A situação caótica da saúde de Cuiabá tem sobrecarregado o sistema da cidade de Várzea Grande. Quem recorre ao atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento ou no pronto-socorro da cidade encontra superlotação e demora no atendimento. Apesar dos transtornos, o secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, garante que não houve falta de médicos e nem de medicamentos.
“O problema é que temos uma população de 315 mil habitantes e estamos preparados para isso, mas nossas demandas com os problemas que vêm ocorrendo da Baixada Cuiabana e parte do interior, sobrecarregou, tem nos trazido transtorno. Só visitar nossas UPAs e o pronto-socorro, mas médico não faltou e nem medicamento”, afirmou.
De acordo com o gestor da pasta, o Município possui um planejamento estratégico e um cronograma de ações que quando cumprido à risca permite avançar, apesar das dificuldades, mas a questão é a cidade tem sofrido com o aumento da demanda. Ele ainda pondera que Estado e prefeitura devem deixar as desavenças políticas de lado, porque a saúde é um setor importante que não pode ficar à mercê de ideologia.
“Nós precisamos de um alinhamento nas políticas públicas, não precisa ser alinhada politicamente, partidariamente, ideologicamente, precisa de alinhamento de política pública, saúde não espera, não pode esperar se resolver pendências políticas e o povo não pode ser submetido a isso”, alertou, alegando que a cidade atende primeiro, para depois perguntar de onde vem, até porque o Sistema de Saúde é único, apesar de ser tripartite, com responsabilidades que cabem ao governo federal, estadual e municipal.
Já com relação à intervenção na saúde de Cuiabá, Gonçalo preferiu não polemizar e disse que independente de qual decisão seja tomada o que precisa é que a saúde funcione. “Eu acredito que a Justiça a gente só tem que acatar, é uma decisão judicial, não cabe a nós entrar no mérito se é justa ou não, mas o que precisamos é que, com ou sem intervenção, a saúde funcione”, finalizou.