O deputado federal Coronel Assis (União) teceu duras críticas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O congressista defende tolerância zero às invasões e aponta riscos para o setor produtivo.
O posicionamento for externado nessa quarta-feira (17), durante a sessão de instalação e eleição dos membros da mesa e do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada para investigar o aumento das invasões de terras no Brasil desde o começo da atual gestão do Governo Federal. O parlamentar defende tolerância zero às invasões e aponta riscos para o setor produtivo.
Membro da CPI, o parlamentar foi enfático em defender a preservação da propriedade privada, e das áreas que servem à produção do agronegócio. “A instalação dessa CPI é muito propícia, uma vez que na atual gestão do Governo Federal tivemos um aumento considerável de invasões de terra em todo o país. Sou de Mato Grosso, que é o terceiro maior produtor de soja do Mundo. Em nosso Estado temos uma política: invasão zero, vagabundo não se cria em nosso Estado”, asseverou o parlamentar.
Assis criticou o aumento de invasões promovidas pelo MST desde o retorno de Lula à presidência da República. Nos quatro primeiros meses de 2023, 56 rurais foram invadidos no Brasil, segundo relatório produzido com base na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA).
“Precisamos saber quem é o MST, de onde vem, que financia, quem são seus mentores intelectuais. Alguns colegas aqui precisam ser trazidos para a realidade. Não se pode em hipótese alguma achar que o certo é errado, e o errado é certo. O maior líder desse famigerado movimento foi na comitiva oficial para a China e de lá ameaçou invasões, que aconteceram. Isso deve ser investigado”.
Moção de repúdio
Em sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na terça-feira (16), Coronel Assis já havia criticado o MST, e apresentou requerimento de moção de repúdio em relação à manifestação feita pelo movimento no último sábado (13), em uma feira em São Paulo, no qual encenaram pessoas vestidas de verde e amarelo atrás das grades, em referência aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“É uma clara afronta ao princípio constitucional da dignidade humana. Não podemos fazer chacota. Existe muito a ser esclarecido [atos do 8 de janeiro]. É salutar que esta comissão aprove a Moção de repúdio à ação do MST, pelo deboche excêntrico e desrespeitoso para o legítimo direito de manifestação amparado pela Constituição”, declarou o parlamentar.
O requerimento de Assis foi aprovado pela comissão. O deputado concluiu que a encenação feita pelo MST incita à “polarização desmedida, disseminação ao discurso de ódio e intolerância”.
Assessoria