Mesmo conformado com a saída do Partido Progressista e já buscando novos rumos, o vereador Luis Claúdio (PP) ainda critica a postura do atual presidente regional, o deputado estadual Paulo Araújo, que determinou que os filiados devem sair da base de apoio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Para o vereador, essa imposição aos correlegionários vai contra os princípios democráticos.
“Essa posição do Paulo Araújo vai contra os princípios democráticos da nossa política brasileira. Aqui mesmo na Câmara de Vereadores de Cuiabá nós temos políticos que são do mesmo partido e que são de oposição e são de base, como o Dilemário e o Kero Kero [ambos do Podemos] e até os vereadores do Cidadania [Rodrigo de Arruda e Sá e Felipe Correa]. Eles convivem porque respeitam a posição do parlamentar”, disse o vereador na manhã desta quinta-feira (18).
Após muitas semanas de debates e novos arranjos, o Progressistas oficializou o rompimento com o prefeito Emanuel Pinheiro na noite dessa quarta (17). A decisão foi cravada em reunião da Executiva Estadual da sigla, sob comando do deputado estadual Paulo Araújo. Desta forma, os filiados que desejam se manter na base do prefeito devem deixar o partido. Já os que tem cargo na gestão municipal, devem abandonar o cargo.
Engrossando o coro do colega Marcrean Santos, Luis Claudio afirma que não foi convidado para participar da reunião, o que, para ele: “É um sinal que não nos querem por lá”.
Pede pra sair?
Em relação à carta de liberação prometida por Paulo Araújo há mais de três semanas, Luis Claudio ironiza e diz que o documento “parece perna de cobra. Todo mundo sabe que tem, mas ela não chegou na minha mão”. Enquanto Marcrean ainda resiste em bater o pé e dizer que não sai do partido, Luis Claudio afirma que vai sair assim que a tal carta chegar em suas mãos.
“Eu fico aguardando a carta, eu até combinei com o vereador Demilson Nogueira, que é meu amigo fora de quadro de política, para que ele interceda junto à administração, com a gestão do diretório municipal e nos fornece a carta, sem problema nenhum. Eu saio como entrei, de cabeça erguida, minha mala tá pronta e é pequenininha, mas essa pecha de traidor não vai caber em mim, nunca”, afirma o vereador.
