Os deputados estaduais Elizeu Nascimento (PL) e Dr. Eugênio (PSB) apresentaram uma indicação na Assembleia Legislativa que prevê a promoção de cargos de policiais militares que participaram da Operação Canguçu. O documento foi aprovado em primeira votação, nessa quarta-feira (24), e será encaminhado ao governador Mauro Mendes (União), podendo ser aprovado ou não.
“Outros estados já estão trabalhando essa promoção de ato de bravura também em massa dos policiais militares, que é o estado do Tocantins, Pará e Minas Gerais. Nós do Mato Grosso, não podemos permitir que os nossos profissionais sejam tratados de forma diferenciada. Além de tudo isso, promover meia dúzia de policiais não é uma isonomia, de algo que é constitucional e está dentro do estatuto dos próprios policiais militares que é a promoção por ato de bravura”, afirmou Elizeu à imprensa.
Ao todo, 340 PMs serão beneficiados com a sugestão. Se aprovada pelo governador, a proposta deve gerar um impacto financeiro para o Estado, já que com a mudança de patente dos militares o salário também será reajustado. Conforme o deputado, a iniciativa foi criada a partir do caso Lázaro, onde o criminoso matou várias pessoas e mobilizou policiais de vários estados. Após a força-tarefa, os profissionais receberam promoção de carreira.
“Nós tivemos casos como aconteceu na cidade de Confresa, que é o próprio caso daquele cara que aterrorizou vários estados do Brasil, o Lázaro. Aquilo ali a gente pega como parâmetro, que o próprio governo do estado do Distrito Federal e de Goiás fizeram promoção em massa dos policiais que estiveram envolvidos naquela ocorrência. [...] Através dessa situação nós buscamos a promoção por ato de bravura para todos os policiais militares do estado de Mato Grosso que estiveram envolvidos nessa operação Novo Canguçu”, explicou.
Os parlamentares não foram os primeiros a apresentar essa indicação na ALMT, o deputado Gilberto Cattani (PL) já havia apresentado a sugestão para promover os policiais que participaram da ação no município de Confresa.
Operação Canguçu
O secretário da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel César Augusto de Camargo Roveri, anunciou, na quinta-feira (18), o fim da Operação Canguçu. A força-tarefa contou com mais de 300 policiais de cinco estados na caçada aos criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa em abril. Durante a ação policial, 18 suspeitos foram mortos em confrontos.
Além dos suspeitos mortos durante a troca de tiros, outros cinco foram presos, sendo três detidos na região onde o bando estava escondido no Tocantins. Outros dois, que teriam ajudado na logística do crime, foram capturados em Redenção (PA).
Segundo Roveri, apesar da parte tática e operacional chegar ao fim, as investigações sobre o ataque continuam por meio de perícias e uma série de materiais que serão analisados.
“A investigação continua, nós temos muitas pessoas envolvidas nesse crime que não vieram a óbito em confronto e que também não foram presas ainda. Então, nós vamos avançar, continuaremos com as investigações, com o trabalho de inteligência auxiliando a investigação da Polícia Civil, bem como as perícias”, disse.
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