O deputado federal José Medeiros (PL) não levou a sério a pesquisa eleitoral que colocou o deputado estadual Eduardo Botelho (União) na liderança da disputa pela Prefeitura de Cuiabá, enquanto o deputado federal Abílio Brunini (PL) caiu 12%. Aos risos, ele avaliou que trata-se de uma velha estratégia de criar uma cenário “fake”, para enganar o eleitor com uma sensação de vitória consolidada.
“Essa pesquisa aí... Isso aí eu vou te falar...Eu vou te falar... Sinceramente, quando começou a surgir essas pesquisas, eu até previ: É aquela velha jogada, o cara começa a construir um um quadro para lá, em um certo momento ele ultrapassar [os adversários] e fazer aquela coisa. Geralmente se faz como se faz essas construções, eu diria a meio fake, para passar pro eleitor 'eu tô crescendo e fulano tá descendo'”, analisou Medeiros, em meio a risadas, na quinta-feira (19).
Ainda de acordo com ele, está claro que Abílio continua com capital eleitoral consolidado entre cuiabanos e uma das amostras anedóticas tirada por ele foi o jogo da seleção brasileira de futebol em Cuiabá, onde o pré-candidato a prefeito do PL foi aclamado por parte dos torcedores.
“O que eu digo o que eu digo é o seguinte: eu tava no estádio, eu nunca vi aquilo, eu tava no estádio e o Abílio estava lá e a galera gritando por Abílio. Com isso quer dizer que Botelho não está bem? Não, eu creio que até Botelho cresceu sim e é possível que o Abílio, com distanciamento, é possível que tenha caído. Mas eu tenho, sim, uma fundada suspeita de que esse gráfico foi bombado”.
Feitiço contra o feiticeiro
José Medeiros ainda disse que as pesquisas apontando grande crescimento de Botelho e a queda de Abílio podem prejudicar Eduardo Botelho a longo prazo, porque se a pesquisa for fraudada, começarão a aparecer outras, no futuro, contrapondo elas.
“Eu acho que quando você exagera na dose, pode virar veneno. Por exemplo, eu acho que o Botelho colocou o cruzamento do gráfico [ultrapassar Abilio] cedo demais. Eu acho que ele deveria ter deixado para para ultrapassar mais perto da eleição. Vai chegar em algum momento que vai ter pesquisa contrapondo isso aí, né?”, argumentou.