A campanha eleitoral nem começou, mas a troca de farpas entre os possíveis candidatos a prefeito de Cuiabá já está de vento em popa. Os protagonistas da vez são o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), que travaram um embate pela imprensa.
O integrante do primeiro escalão municipal acusa o parlamentar de usar o Legislativo estadual para se promover politicamente visando a eleição do próximo ano, chegando a afirma que ele estaria comprando votos. “Será que nós vamos vender o voto a troco de festinhas em bairro. Eu já falei e estou afirmando, a Assembleia virou a maior compradora de votos da história. É só você andar final de semana. Nunca vi tanta coisa acontecer”, disse em entrevista ao deputado estadual Wilson Santos (PSD).
Botelho, contudo, não deixa barato e insinua que o vice-prefeito esteja com receio de encará-lo nas urnas e, por isso, partiu para o ataque. “Choradeira nós vamos ter, pedras nós vamos receber daqui para a frente”, disse. O parlamentar nega usar a estrutura do Legislativo, e afirma que todos os eventos na Capital são oriundos de emendas parlamentares.
“Os cargos da Assembleia são dos deputados, isso é definido, definido em lei. E participar de Cuiabá, dos eventos, a Assembleia sempre participou. Agora, a maioria dos eventos que estamos participando, como o esporte amador, não é nem com o dinheiro da Assembleia, é com emendas parlamentares”, garantiu.
Porém, Stopa vai mais além e afirma que o Legislativo de Mato Grosso está se tornando uma Secretaria de Cultura. “A assembleia está virando uma secretaria de cultura para bancar festinha de bairros periféricos. Isso chama compra de votos”, disse. Stopa ainda pede que os órgãos de controle investiguem a situação. “Eu peço aqui até que o Ministério Público, poder judiciário e Tribunal de Contas observem isso”, concluiu.
Mas Botelho não deixa por menos e alfineta Stopa insinuando que ele será o tipo de candidato que não irá apresentar propostas, e sim atirar pedras em seus adversários. “A choradeira começou e nós temos que aceitar, pedras também começaram a ser atiradas e nós temos que estar preparados. Eu sempre digo, existe dois tipos de candidatos, um que trabalha com proposta, com trabalho, e outros que só trabalham atirando pedras, e nós temos que estar preparados para enfrentar todos os tipos. Eu estou preparado para enfrentar os dois tipos de candidatos”, finalizou.