O Carnaval acabou, mas o União Brasil segue com a novela envolvendo a eleição para Prefeitura de Cuiabá. Justamente por conta disso, a quarta-feira de cinzas començou tensa no Palácio Paiaguás. Isso, porque, o governador Mauro Mendes (União) está sendo pressionado e precisa tomar uma decisão sobre a candidatura da agremiação.
A fim de avançar nas conversas, ele se reuniu, nas primeira horas do dia, com os pré-candidatos a prefeito de Cuiabá: Fabio Garcia e Eduardo Botelho.
Ao que parece, contudo, nenhuma decisão foi tomada. Eles devem voltar a se reunir no final do dia para dar sequência na conversa e, quem sabe, anunciar um resultado.
Nos bastidores, a conversa é que Mendes está trabalhando uma forma de evitar um racha no União Brasil. A primeira possibilidade seria convencendo Garcia a recuar, dando espaço assim para que Botelho seja o cabeça de chapa na corrida pelo comando do Palácio Alencastro.
O atual secretário-chefe da Casa Civil, contudo, não aceitou essa proposta, mesmo com a oferta de ser candidato a vice-governador do grupo em 2026.
A segunda, seria fazer com que Botelho tirasse o time de campo, o que foi descartado pelo parlamentar de pronto.
Diante disso, o governador ficou na mesma sinuca de bico, uma vez que Botelho já avisou, desde o início, que deixará o União Brasil, caso não seja escolhido o candidato da agremiação.
Também foi ventilada a possibilidade de os dois sairem candidatos em partidos aliados, com compromisso de apoio no segundo turno. Nesse cenário, Garcia seria candidato pelo União Brasil, e Botelho pelo PRD, que está sendo comandado por Mauro Carbalho em Mato Grosso, aliado de primeira hora do governador.
No entanto, essa hipotese não tem sido vista com bons olhos por lideranças do grupo governista, que acreditam que isso pode enfraquecer o grupo e culminar em derrota, ainda no primeiro turno.
Partindo disso, ao que tudo indica, é que Mendes deve bater o martelo no nome de Garcia, tendo em vista o compromisso firmado com ele em dezembro de 2022.
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