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Notícias / Política

23/02/2024 às 18:03

ANÁLISE POLÍTICA

Abílio acusa Botelho de estar por trás de possível candidatura majoritária do MDB

Na visão do pré-candidato, Eduardo Botelho tentará de todas as formas desvincular o seu elo com a esquerda, porém, não se furtará de ter o apoio dos lulistas em um provável segundo turno

Paulo Henrique Fanaia e Marina Martins

Abílio acusa Botelho de estar por trás de possível candidatura majoritária do MDB

Foto: Assessoria

Com o objetivo de se distanciar do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União) estaria buscando um acordo com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a fim de que a sigla emedebista lance candidatura própria no pleito deste ano. 

O objetivo seria garantir o apoio da esquerda em um eventual segundo turno do parlamentar contra o deputado federal Abílio Brunini (PL), que assim como Botelho também é pré-candidato a prefeito da Capital.

 
A análise foi feita pelo próprio congressista durante entrevista concedida ao Leiagora na manhã desta sexta-feira (23). Na visão de Abílio, Botelho tentará, de todas as formas, desvincular o seu elo com a esquerda, porém, não se furtará de ter o apoio dos lulistas em um provável segundo turno.
 
“A estratégia do Botelho é de lançar um candidato do MDB, estratégia combinada do Botelho de lançar um candidato do MDB para distanciar o Emanuel Pinheiro dele no primeiro turno e eu acredito que a estratégia do Botelho de estar com partidos mais centro-direita para se afastar no primeiro turno do apoio do Lula, mas em todos os momentos manifestou carinho e aproximação ao Lula, inclusive tem fotos dele junto com o Lula e tudo mais. O Botelho tem afinidade ao Lula. E lá em Brasília, nos bastidores, tanto o Botelho quanto o Lúdio eles estão satisfeitos, porque os dois tem uma relação próxima com o Fávaro, com o Lula e com todo esse grupo de apoio. Então eles não se importam se o Botelho vai ter o apoio do Mauro para ganhar a eleição”, afirma Abílio.
 
Atualmente Botelho e Abilio lideram as pesquisas de intenção de votos para a prefeitura da Capital, o que indica que os dois podem ir para um segundo turno. Neste meio termo também estão surgindo novos nomes para disputar o pleito em outubro, um desses nomes surgiu nesta semana, quando o presidente do diretório municipal do MDB em Cuiabá, Francisco Faiad, lançou o nome do deputado estadual Juca do Guaraná, aliado de primeira ordem do prefeito Emanuel.
 
Acontece que o nome de Juca não é consenso dentro do MDB, tendo em vista que a deputada Janaina Riva e o ex-deputado federal Carlos Bezerra já declararam que o diretório estadual do partido está fechado com Botelho. Janaina também não faz questão de esconder que não apoia Emanuel Pinheiro e ainda afirma que o partido deve se desvincular do atual prefeito.
 
Para Abílio tudo isso é um jogo político. No momento em que o MDB lança um candidato próprio, a imagem de amizade entre Botelho e Emanuel se dissipa, ajuda o candidato do União Brasil a angariar votos dos contrários ao atual prefeito, mas ainda garante apoio do grupo estadual e municipal do MDB no segundo turno. Uma estratégia tão inteligente que é analisada até mesmo por Janaina Riva.
 
“Por questão da situação política, é natural que ele [Eduardo Botelho] vá estar trabalhando nesse espectro da esquerda porque ele tem uma aproximação. A Janaína, ela está ciente da rejeição do Emanuel, ela sabe disso, ela sabe que é inteligente, estratégico, apesar de fazer esse joguinho aí, sabe que é inteligente, estratégico, que o MDB tenha uma candidatura própria para desvincular a aparência do Emanuel ao botelho. Eles estão tentando colocar um cara só para não colocar sigla no outro. Por que está saindo o Juca? Porque eles insistiram no Stopa e o Stopa não topou. Eles queriam tirar o Stopa do PV, mas ele tem uma tranquilidade de domínio, um partido que é praticamente dele, e tirar de lá e colocar no MDB para ser candidato, só para defender a gestão, o grupo. Mas não vincular uma coisa com a outra, a minha visão é enganar o eleitor, minha opinião, enganar o eleitor, de que o Botelho e o Emanuel não estariam juntos”, afirma o candidato.
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