Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia durante cerimônia no TSE em outubro do ano passado
Foto: Marcelo Camargo-04.out.2023/Agência Brasil
A ministra Cármen Lúcia está prestes a assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um momento delicado da relação entre a corte e o Congresso Nacional.
Com a possibilidade de cassação de senadores em pauta, a ministra terá o desafio de manter a imparcialidade e a serenidade diante das pressões políticas.
A tensão veio, após a gestão do ministro do (STF) Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com o Legislativo, onde ele tentou cassar dois senadores sob Jorge Seif (PL-SC) e Sergio Moro (União Brasil-PR).
As decisões do TSE terão impacto direto nos mandatos políticos e na convocação de novas eleições, onde a ministra Cármem Lúcia deverá tentar apaziguar.
A ministra, conhecida por sua trajetória progressista, tem recebido elogios de bolsonaristas e parlamentares pela discrição e competência.
No entanto, a expectativa é de que sua gestão seja marcada pelo combate à desinformação nas eleições municipais deste ano e pela manutenção da imparcialidade diante dos embates políticos.
Com a composição do plenário do TSE, que inclui ministros conservadores indicados por diferentes governos, Cármen Lúcia terá que conciliar interesses e garantir a transparência e a legalidade nas decisões da corte.
O desafio será manter o equilíbrio em um cenário politicamente conturbado.
Folhapress