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Notícias / Polícia

06/06/2024 às 08:01

MUITO DINHEIRO

Operação mira bloqueio de R$ 5 milhões nas contas dos investigados por lavar dinheiro de facção criminosa

Shows e aquisições de casas noturnas em Cuiabá teriam sido usadas esquentar recursos vindos do tráfico

Paulo Henrique Fanaia

Operação mira bloqueio de R$ 5 milhões nas contas dos investigados por lavar dinheiro de facção criminosa

Foto: Reprodução

A Operação Ragnetela busca bloquear R$ 5 milhões das contas bancárias de quatro investigados de compor o grupo criminoso que utilizava shows e casas noturnas em Cuiabá para lavar dinheiro do Comando Vermelho. Além disso, cinco empreendimentos comerciais tiveram as contas jurídicas bloqueadas.
 
Kamilla Bereta Bertoni, Willian Aparecido da Costa, Ariani LimaRodrigues de Oliveira e o chefe de cerimonia da Câmara de Vereadores, Rodrigo de Souza Leal tiveram as contas bancárias bloqueadas.
 
Já as casas de show Dallas Bar e Strick Pub, além do CT Mangueiras,W A da Costa Pereira e Dom Carmindo Lava Jato também são alvos da investigação.
 
“Foi possível observar um aumento significativamente expressivo de movimentação bancária durante os anos de 2021 e 2022 em que houve intensificação de atuação da ORCRIM [Organização Criminosa] através das pessoas jurídicas insertas no rol descortinado pela investigação, sendo que essa movimentação é bem superior ao valor perseguido, cujo percentual da relação de investimento-retorno”, diz trecho da decisão.
 
As investigações
 
A investigação identificou que criminosos ligados a uma facção teriam adquirido algumas casas noturnas em Cuiabá com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Foi identificado também que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fosse contratado artista de São Paulo, tendo em vista que o estado é berço de uma facção criminosa rival da que comanda o estado de Mato Grosso.
 
Por conta dessa ordem, o artista conhecido como MC Daniel foi hostilizado durante a realização de um show em Cuiabá, em dezembro de 2023, e teve que sair escoltado do local. O integrante da facção que promoveu o show foi punido pelo grupo com a pena de ficar sem realizar shows e frequentar casas noturnas em Cuiabá, pelo período de dois anos.

Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária, como é o caso do vereador.
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