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12/06/2024 às 15:09

LEILÃO DO ARROZ

'Se há qualquer suspeição, a pessoa não pode se manter no cargo', avalia Barranco sobre Neri Geller

Neri Geller foi demitido nesta terça-feira (11) por suspeita de irregularidades no leilão para compra de arroz importado

Da Redação - Vanessa Araujo/Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

'Se há qualquer suspeição, a pessoa não pode se manter no cargo', avalia Barranco sobre Neri Geller

Foto: Reprodução

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) opinou sobre a demissão do secretário Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller (PP), após suspeitas de irregularidades na compra de arroz importado. Para  ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agiu corretamente em demitir o progressista.

“Se há qualquer suspeição, a pessoa não pode se manter no cargo, ela deve pedir até para que haja imparcialidade nas investigações”, opinou Barranco. 


Uma das empresas vencedoras do leilão promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pertence a Robson Almeida de França, ex-assessor do então secretário na Câmara e sócio de Marcello Geller, filho do ex-secretário, em alguns negócios. 

Na avaliação de Barranco, o leilão para a compra de arroz foi realizado devido a uma pressão do setor, que segundo ele, estava afirmando que haveria desabastecimento, devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no país. 

“O presidente Lula optou por fazer o leilão exatamente porque eles diziam que ia faltar arroz. Inclusive, alguns empreendimentos comerciais já estavam fazendo um terrorismo colocando para que as pessoas pudessem fazer aquisição, uma vez que havia risco de desabastecimento de arroz. Diante dessas informações e ali no auge da tragédia, o presidente Lula, para garantir o equilíbrio dessa questão do arroz, determinou o leilão e quem tem interesse comercial em faturar com o caos, começa a perceber que não vai poder ter alta no preço do arroz, eles mudam o discurso e começam a dizer: ‘não, não vai ter problema’”, pontuou o deputado. 

O caso

A exoneração de Neri Geller foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12), mas, ao contrário do divulgado inicialmente, não foi a pedido dele, mas sim uma demissão.

Conforme pessoas ligadas ao ex-deputado federal, ele se recusou a pedir demissão, porque isso poderia ser visto como admissão de culpa. Ao contrário disso, o recém exonerado secretário alega não ter influenciado o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Acontece que, um ex-assessor de Geller, Robson Almeida de França, dono da Foco Corretora, fundada em 2023 e já vencedora de três das quatro empresas do leilão: a Zafira Trading, ASR Locação de Veículos e Máquinas Agrícolas e Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos, é advogado do ex-deputado federal na Justiça Eleitoral. 

Robson também é sócio de Marcelo Geller, filho do ex-deputado federal, em outra empresa.

Agora, a Conab planeja fazer um novo leilão, com outro formato, para evitar qualquer tipo de suspeita sobre a aquisição de arroz que será vendido com subsídio do governo Federal para controlar os preços do alimento devido aos alagamentos no Rio Grande do Sul, que afetaram as principais plantações desse cereal.
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