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22/06/2024 às 14:01

OPERAÇÃO PANTANAL

Autoridades garantem efetividade em combate aos incêncios no Pantanal, mas não descartam cenário registrado em 2020

Ninguém assegura que os estragos possam ser menores, mas garantem que os trabalhos serão mais efetivos

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Autoridades garantem efetividade em combate aos incêncios no Pantanal, mas não descartam cenário registrado em 2020

Foto: Jardel P. Arruda / Leiagora

Em meio à construção da elaboração de medidas que visam reduzir os impactos do período de estiagem e queimadas no Pantanal mato-grossense, por meio da Operação Pantanal 2024, autoridades revelam maior preparo para este ano, com base na comparação com a destruição gerada pelos incêndios em 2020. Ninguém assegura que os estragos possam ser menores, mas garantem que os trabalhos serão mais efetivos.

“Posso dizer que sim, nós estamos melhor preparados para enfrentar os incêndios florestais este ano. Em termos de recursos a gente sabe que o Governo do Estado está investindo na casa dos R$ 75 milhões, então por meios, logística, pessoas trabalhando, nós estamos muito melhores preparados que em 2020”, declarou o Coronel César Brum, secretário-adjunto da Defesa Civil.

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Em complemento à fala do gestor, a Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros e comandante do Batalhão de Emergências Ambientais, Pryscilla Souza reafirma a importância dos investimentos por parte do Governo e destaca a formação do efetivo de 100 militares que deverão auxiliar no combate aos focos de incêndio.

“2020 foi um aprendizado, a gente não estava acostumado a essa realidade aqui no Pantanal, mas as condições climáticas estão favoráveis à progressão dos incêndios. A gente teve mais investimentos do Governo do Estado, nunca tivemos tanto investimento como tivemos esses últimos anos, então, assim, nós estamos preparados tecnicamente, temos um efetivo que irá se formar agora, com 100 militares para reforçar as ações”, acrescentou a militar.

A secretária de Estado de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti afirma que há inúmeras diferenças entre os trabalhos que foram desenvolvidos no processo de contenção do fogo em 2020, que acarretou na perda de 30% do bioma pantaneiro, com relação ao que será desenvolvido neste ano. Dentre os fatores está a preparação para o período com apoio do estado vizinho Mato Grosso do Sul, do Governo Federal por meio do Ministério do Meio Ambiente e demais instituições. Além da capacitação, investimentos e aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (IPI), a gestora destaca a importância do planejamento que tem sido feito. Ela lembra ainda que em 2020 o estado e o país passavam por uma fase de turbulência por conta da pandemia de Coronavírus.

“2024 é completamente diferente. Tanto no que diz respeito aos insumos para a resposta, como ações preventivas realizadas. Um diferencial é a ação integrada das agências federais, estaduais e municipais. Desde o início do ano nós estamos fazendo reuniões, organizando o planejamento, o Governo do Estado, Mato Grosso do Sul e as estruturas do Ministério do Meio Ambiente do Governo Federal, com o apoio inclusive do exército. Acho que tudo isso é um diferencial bastante expressivo em relação ao ano de 2020 e eu tenho convicção que a resposta também será diferente”.

Além de visar uma política de prevenção às queimadas e preparação para o período de estiagem, a Operação Pantanal leva em consideração a Resolução nº 195 da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que declara situação crítica de escassez dos recursos hídricos da Região Hidrográfica do Paraguai, e a Nota Técnica nº 105/2024 do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), que aponta os impactos do fenômeno La Niña, que poderão intensificar o período de seca na região.

Entre as ações preventivas desenvolvidas pelo Governo do Estado, está a capacitação de mais de 880 brigadistas pelo Corpo de Bombeiros, em mais de 40 cidades. 

Vinte e nove bombeiros militares já combatem dois incêndios no Pantanal, nas proximidades de Porto Conceição, região de divisa entre Cáceres e Poconé, e da Fazenda Cambarazinho, em Poconé. Em Porto Conceição, o Corpo de Bombeiros conta com apoio de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Apesar das inúmeras medidas, nenhuma das autoridades entrevistadas se comprometeram a garantir que mesmo diante de um cenário perigoso para a região Pantaneira conforme relatório publicado pela ANA, a planície alagada estará suficientemente protegida de ter em sua história a repetição de um período doloroso como o registrado em 2020.
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