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Notícias / Política

20/06/2024 às 13:01

TAXA SELIC

Mauro Mendes defende autonomia do Banco Central após críticas de Lula

Por unanimidade, os integrantes do Copom votaram pela manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano

Da Redação - Vanessa Araujo/Da Reportagem Local - Luíza Vieira

Mauro Mendes defende autonomia do Banco Central após críticas de Lula

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes (União) defendeu a autonomia e independência do Banco Central (BC) do Brasil, que foi alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a interrupção do ciclo de cortes na taxa básica Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa de juros foi mantida em 10,50%.

“Os bancos centrais do mundo inteiro precisam ter autonomia, são condutores e aqueles grandes guardiões da moeda e da estabilidade da moeda, evitando processos inflacionais. Quando você perde essa referência, todas as sociedades, todos os países tiveram grandes prejuízos”, pontou Mendes. 
 

Mauro Mendes explicou que, embora a inflação possa ser benéfica para o governo, ela é prejudicial para a população, especialmente para os mais pobres, e reiterou que o Brasil não deve retirar a autonomia do BC.

“A inflação pode até ser bom para o governo. Por que ela é boa para o governo? Porque o salário fica congelado por um ano. Se os preços sobem mês a mês, a receita sobe mês a mês. Então isso melhora a performance do setor público, mas ela é péssima para o trabalhador, ela é péssima para o cidadão, ela é péssima principalmente para as pessoas que têm salário e vivem de salário. Então é inadmissível, na minha opinião, fazer algo que é bom para o governo, seja federal, estadual ou municipal, e algo que é péssimo para o cidadão. Então nós não podemos retroceder e deixar voltar o modelo inflacionário do nosso país”, concluiu o governador. 
 

Taxa Selic

Por unanimidade, os integrantes do Copom votaram pela manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, encerrando assim o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, com sete reduções no total.

A decisão surpreendeu o presidente Lula, que esperava mais um corte na Selic. Em resposta, Lula criticou novamente o BC e questionou sua autonomia.

“O presidente nunca se mete nas decisões do Copom. O Meirelles tinha autonomia comigo, tanto quanto tem esse rapaz hoje. Mas com o Meirelles, eu tinha o poder de demitir, assim como o FHC demitiu tantos. Decidiram que era importante ter um Banco Central independente e autônomo. Ora, autonomia de quem? Autonomia para servir a quem?” questionou Lula.
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