O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL) frisa que não tem compromisso político com ninguém, e garante que, se eleito, irá rever alguns contratos da Prefeitura da Capital. De acordo com o congressista, atualmente muitas empresas como Águas Cuiabá e CS Mobi não cumprem com o que é determinado em contrato, o que torna possível a rescisão do acordo.
“A vantagem de ir pra política sem ter rabo preso é ter capacidade de romper contratos que não estão sendo feitos. A empresa de ônibus não tá cumprindo? Temos liberdade de romper. Águas Cuiabá também não está cumprindo? Também temos liberdade de romper. Não temos compromisso político. Se for descumprimento de contrato não gera ação judicial [contra a prefeitura]. Se a Águas Cuiabá firma contrato que se ela rasgar a cidade ela é responsável por recuperar o asfalto e ela não faz, rasga a cidade, faz remendo e prefeitura tolera, tem que chegar na Águas: aviso 1, se não reparar vamos entrar com ação. Aviso 2. No terceiro aviso rompemos”, disse o deputado durante entrevista concedida à Rádio CBN nesta sexta-feira (28).
Uma das maiores reclamações do parlamentar é com a CS Mobi, empresa responsável por administrar o estacionamento rotativo no centro de Cuiabá. O rotativo é operado por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) com a prefeitura. De acordo com o contrato, a PPP investirá cerca de R$ 130 milhões no projeto que engloba, além do novo sistema de estacionamento, a construção e operação do novo Mercado Municipal Miguel Sutil.
Tudo isso engloba a requalificação das vias locais, com a criação de espaços humanizados e adequados aos pedestres; e a modernização do mobiliário urbano, com bancos públicos, pontos de ônibus, suportes para bicicletas e relógios com conectividade, algo que, de acordo com Abílio, não está sendo feito.
Outro ponto apontado pelo pré-candidato é o transporte público que muitas vezes não tem uma frota adequada para dar conta de toda a cidade. Segundo Abílio, basta romper com a contratante que sempre haverá uma empresa mais séria disposta a cuidar da operacionalização.
“Muitas vezes tem esquemas que fazem as coisas ser como são. Mesma coisa com o transporte público. Tem contrato que diz como funcionar, que o ônibus tem limite de capacidade. Se não tiver cumprindo tem que aumentar numero da frota de ônibus. Empresa não quer aumentar? Vamos agir. Não estou preocupado se é do irmão do deputado, do filho do deputado, se é parente de senador, se não tiver cumprindo nós vamos romper”.
Lembrando que o transporte público é uma das metralhadoras do bolsonarista contra a pré-campanha de Eduardo Botelho (União). Abílio acusa a família do presidente da Assembleia Legislativa de comandar um monopólio no transporte público, haja vista que a empresa que fornece os ônibus para a Capital é de Romulo Botelho, irmão de Eduardo.
