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02/07/2024 às 09:59

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Edna Sampaio questiona conduta de Procuradoria da Câmara e reafirma 'perseguição'

Edna destacou que a Procuradoria argumentou que, no caso de Paulo Henrique, um processo não poderia ser aberto apenas com base em notícias de jornais, o que não ocorreu com ela

Da Redação - Vanessa Araujo / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

Edna Sampaio questiona conduta de Procuradoria da Câmara e reafirma 'perseguição'

Foto: Site Edna Sampaio

A vereadora cassada Edna Sampaio (PT) afirmou que a decisão da Câmara de Cuiabá de não abrir uma Comissão Processante para investigar a suposta ligação do vereador Paulo Henrique (MDB) com uma facção criminosa é uma prova de que sua cassação foi motivada por perseguição política.

“Eu acho que isso só prova o que eu tenho dito desde o princípio, que é uma perseguição política. Em primeiro lugar, os vereadores que assinaram pedido da Comissão de Ética não pediram a cassação do vereador. Pediram para a comissão de ética investigar, só isso e não apresentaram o relatório da investigação da Polícia Civil, que já existe uma parte do processo está em sigilo, segredo de Justiça, mas a outra parte está disponível e não foi juntado nenhum documento desse tipo no processo, estão somente notas de jornais”, declarou Edna no último sábado (29). 

 
Paulo Henrique teria utilizado de sua influência junto a Secretaria Municipal de Ordem Pública para garantir a liberação de alvarás e licenças para eventos realizados para lavar dinheiro de tráfico de drogas do comando vermelho. Em troca, o parlamentar teria recebido vantagens financeiras.
Edna destacou que a Procuradoria da Câmara argumentou que, no caso de Paulo Henrique, um processo não poderia ser aberto apenas com base em notícias de jornais, o que não ocorreu com ela, quando o processo foi instaurado com base em material jornalístico.

“A Procuradoria Geral da Câmara diz que não se pode abrir processo de cassação de vereador apenas baseado na produção de uma matéria de jornal e foi exatamente o que eles fizeram no meu caso”, afirmou. 

Na última terça-feira (25), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) também questionou a condução da Procuradoria da Câmara ao orientar a Comissão de Ética a rejeitar a representação contra o vereador Paulo Henrique, argumentando que era baseada em recortes de jornais, e citou o caso de Edna como exemplo de uma Comissão Processante aberta com base em material jornalístico.

“Esse parecer me surpreende, porque nós tivemos um processo de cassação aqui na Câmara de vereadores com recortes de jornais, que demostraram a tal da rachadinha, e baseado nisso, nessas evidências, foi aberto um procedimento. A abertura de um procedimento contra o que está acontecendo com o vereador Paulo Henrique não é a condenação do vereador. Essa abertura é para que, no devido processo legal, ele possa se defender. É um dispositivo legal para fazer uma investigação. […] Então, dois pesos e duas medidas que eu vejo nessa análise da Procuradoria”, analisou a vereadora. 

Cassação de Edna Sampaio


A cassação de Edna Sampaio foi aprovada em 6 de junho por 19 votos a favor e apenas um contrário. O processo se deu após serem reveladas conversas de Laura Natacha, ex-chefe de gabinete da parlamentar, que segundo investigações teria repassado para a vereadora cerca de R$ 20 mil de sua verba indenizatória, direito dos servidores da Câmara de Cuiabá.

A própria vereadora preferiu não comparecer à sessão, assim como seu advogado de defesa, Julier Sebastião, abrindo mão, dessa forma, das duas horas de defesa oral previstas no regimento. Ela já havia adotado a mesma postura em outubro de 2023, quando foi destituída do cargo por meio de 20 votos a favor da cassação. 
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