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Notícias / Política

11/07/2024 às 13:44

'NÃO PRECISAMOS IMPORTAR'

Pivetta é contra filho de Bolsonaro disputar o Senado por Mato Grosso

Governador em exercício defende que Estado precisa ter parlamentares do seu seio político, onde entende haver lideranças genuínas que de fato representam a sociedade

Natacha Wogel

Pivetta é contra filho de Bolsonaro disputar o Senado por Mato Grosso

Foto: Reprod

A possibilidade de o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro (PL), concorrer a uma vaga no Senado por Mato Grosso em 2026, como ventilado nesta semana pela imprensa nacional, não tem o apoio do governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos). Em conversa com a imprensa na manhã desta quinta-feira (11), ele deixou claro ser contrário à novidade, à qual classificou com especulação, defendendo que toda sociedade organizada tenha que ter representantes genuínos.

“Isso é uma especulação. Eu conceitualmente sou contra, acho que uma sociedade organizada precisa tirar do seu seio seus representantes. Nós não precisamos importar candidatos a nada. Mato Grosso tem, no seu seio, lideranças genuínas que estão ajudando a construir. Tem muita gente boa, tem muita gente que não é tão boa, mas acho que nós temos a capacidade de escolher nossos candidatos”, apontou.

Reportagem do jornal Folha de São Paulo publicada esta semana trouxe à tona a informação de que Partido Liberal está se articulando para lançar o filho do ex-presidente como candidato ao Senado por Mato Grosso. A ideia é defendida por alguns bolsonaristas do Estado, como o deputado federal Abilio Brunini, desmerecendo, inclusive, a atuação de parlamentares mato-grossenses.

Questionado se articulações como a de Carlos Bolsonaro para concorrer pelo Estado possam vir a atrapalhar projetos de políticos que são próximos seus, já declarados quanto ao interesse de concorrer a uma vaga no Senado, Pivetta respondeu que não acredita nessa fórmula. Trata-se de Mauro Mendes (União) e Janaina Riva (MDB).

“Um candidato de Mato Grosso tem mais legitimidade para concorrer. Apesar de reconhecer o trabalho do presidente Bolsonaro (PL), a força política que ele tem. Mas eu, conceitualmente, sou contra isso, acho que qualquer sociedade precisa ter genuinamente a sua articulação para tirar do seu seio seus representantes”, posicionou-se.
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