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13/07/2024 às 10:00

TESOUREIRO DO CV ENTRE ELES

Operações da GCCO resultam em 114 presos e bloqueio de R$ 31 milhões oriundos do crime em 6 meses

Ações em regiões diversas do Estado culminaram ainda em organizações criminosas desbaratadas e drogas apreendidas

Leiagora

Operações da GCCO resultam em 114 presos e bloqueio de R$ 31 milhões oriundos do crime em 6 meses

Foto: Assessoria

As operações deflagradas neste primeiro semestre do ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, em Mato Grosso resultaram na prisão de 103 pessoas por ordens judiciais, além de 11 em flagrante e 124 mandados de busca. Ainda promoveu o bloqueio de ativos e sequestro de bens móveis e imóveis no valor total de R$ 31 milhões.

Entre os valores e bens bloqueados e sequestrados durante uma das operações do semestre está parte do patrimônio ilegal adquirido para ocultar e lavar o dinheiro do tráfico e drogas, comandado pelo tesoureiro do Comando Vermelho em Mato Grosso, Paulo Witer Faria Paelo, o 'WT', criminoso que estava no regime semiaberto e monitorado por tornozeleira eletrônica, mas se movimentava como se não tivesse restrições judiciais fazendo, inclusive, viagens de lazer ao Sul, Sudeste e Nordeste do país. 

Enquanto viajava, sua tornozeleira emitia sinal de que ele, supostamente, estava em Cuiabá, mas acabou sendo preso em Maceió, capital do Alagoas, enquanto acompanhava o time de futebol amador que patrocinava em campeonato local, o Amigos de WT, em abril deste ano.
 
Paelo foi alvo da 'Operação Apito Final', resultado de dois anos de intensos levantamentos, inclusive com análises financeiras pela GCCO, para desvendar um esquema milionário de lavagem de dinheiro que adquiriu um patrimônio considerável, com imóveis, veículos de alto padrão, supermercado, apartamentos e até uma arena esportiva. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou R$ 65,9 milhões.

A investigação da GCCO apurou, entre outras estratégicas criminosas para ocultar o dinheiro obtido ilegalmente, que WT criou um time de futebol amador e iniciou a construção de uma arena de esportes e administrou a cessão de um miniestádio público para lavar o dinheiro do tráfico. A Polícia Civil apontou o uso do assistencialismo, com a distribuição de cestas básicas, brinquedos e doces, como forma de coagir e intimidar moradores do bairro onde montou a base da principal fonte de renda de suas atividades ilícitas, o Jardim Florianópolis.

“O assistencialismo, que já se tornou uma forma de atuação das facções, é muito prejudicial para a sociedade, porque, enquanto passa a sensação de que os criminosos cuidam da população mais desassistida, aproxima as nossas crianças do tráfico de drogas e desse meio que é extremamente violento”, ressaltou o delegado titular da GCCO, Gustavo Belão.

Furto e roubo de cargas

Em março, a 'Operação Sétimo Mandamento' desvendou uma associação criminosa que atuava no furto de cargas de soja em Campos de Júlio (566 km de Cuiabá), região noroeste de Mato Grosso. A investigação da GCCO identificou o envolvimento de nove pessoas no furto de duas cargas de soja, avaliadas em R$ 180 mil, após esquema montado pelos investigados para furtar o produto da filial de uma empresa comercializadora de grãos, em Campos de Júlio. Os alvos investigados por associação criminosa e furto qualificado.

Já a segunda fase da 'Operação Ceres' cumpriu prisões contra investigados pelo roubo de defensivos agrícolas ocorrido em abril de 2022, em uma fazenda em Tangará da Serra (242 km de Cuiabá). No dia do crime, oito homens armados com pistolas invadiram a propriedade, renderam funcionários, desabilitaram o sistema de segurança e subtraíram aproximadamente R$ 300 mil em defensivos agrícolas. Utilizando uma carreta caçamba, os criminosos levaram cerca de 30 minutos para carregar o caminhão e sair do local com a carga de defensivos. 

Na 'Operação Guilhotina' foram cumpridas 10 ordens de prisões preventivas e de buscas contra um grupo investigado pelo roubo de carga de óleo diesel e de um caminhão na região sul do Estado. O inquérito instaurado pela GCCO apurou a atuação de um grupo criminoso envolvido no roubo a uma carreta que transportava 56 mil litros de óleo diesel. A vítima fazia o transporte do combustível que saiu de Paulínia (SP) com destino a Várzea Grande.

A 'Operação Agro Guard 2' cumpriu ordens judiciais contra alvos investigados pelo roubo de defensivos agrícolas, avaliados em quase R$ 773 mil, em uma propriedade rural de Paranatinga (385 km de Cuiabá). Os envolvidos respondem pelos crimes de roubo majorado com restrição de liberdade das vítimas, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. 

Roubo a banco

Em junho, a 'Operação North Banks' cumpriu 20 mandados de prisões e de buscas contra investigados por furtos a agências bancárias em cidades do norte do estado. A investigação apura os delitos de organização criminosa, furto qualificado, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores praticados por um grupo que se formou para planejar e executar furtos a bancos em Sorriso e Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá), entre abril e junho de 2022. 

A GCCO apurou que dois presos, à época recolhidos em unidades prisionais do estado, deram as ordens aos executores dos furtos. 

Assintonia

No fim de junho, a Polícia Civil deflagrou a operação, com 72 ordens judiciais, contra um grupo criminoso envolvido no comércio de drogas, armas e lavagem de dinheiro no médio norte do Estado.

Um dos alvos é um dos principais líderes de uma facção criminosa, preso atualmente na Penitenciária Central do Estado, que ordenou de dentro da unidade, roubos e homicídios e a negociação das armas de fogo. O investigado tem influência no mundo do crime e na liderança exercida sobre os “soldados”, que atuam nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.

Droga

Em junho, a equipe da GCCO apreendeu 210 tabletes de maconha que eram transportados em uma camionete do norte do estado para a capital. A camionete S10 foi interceptada pelos policiais na MT-010, próximo ao Distrito de Nossa Senhora da Guia. 

Após abordagem a veículos na rodovia, a equipe da GCCO identificou a camionete que era conduzida por H.S.A., de 38 anos, que se mostrou nervoso. Ao ser solicitado documento pessoal, ele acabou confessando que estava transportando os entorpecentes. Na revista, os policiais civis encontraram os tabletes de maconhas acondicionados nos bancos e carroceria da camionete. 
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