Junto das banquinhas do Shopping Popular queimaram sonhos e muito esforço de diversos trabalhadores que, desde 1995 muito lutaram por um espaço de qualidade para comercializar seus produtos, em Cuiabá.
Trabalhando em salas cedidas pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o grupo de camelôs, que atuava como 'sacoleiros' na região central da Capital, conquistou seu espaço no bairro Dom Aquino. Barracas que não tinham um padrão de tamanho, em um local pouco iluminado e apertado, aos poucos foram aumentando de número. E, apesar da falta de comodidade ao público, as vendas cresciam junto do número de trabalhadores e da variedade de mercadorias.
Foi apenas em 2014, que o Shopping Popular, que já tinha se tornado uma referência em todo o estado, se modernizou. O espaço climatizado, com estacionamento acessível e praça de alimentação que comportava ao menos 600 pessoas, foi inaugurado em julho do ano seguinte. Até 2020, a associação contabilizava mais de 600 comerciantes, com geração 2 mil empregos diretos.
A unidade, que tinha potencial de se expandir e atrair ainda mais consumidores com o projeto de um estacionamento ainda maior, ampliação da praça de alimentação e a construção de salas de cinema, acaba sendo adiada pela tragédia.
Registros panorâmicos feitos do alto da capital, mostram que a área em que circulavam milhares de pessoas por dia foi tomada pelo fogo que transformou a infinidade de cores e produtos em cinzas e fumaça.
Autoridades estudam mecanismos para oferecer linhas de créditos aos comerciantes que perderam todo o estoque e suas bancas que não possuíam seguro. Além disso, há também um esforço para o alinhamento de um local provisório para que essas pessoas possam comercializar o pouco que ainda lhe restam para garantir o alimento na mesa.
Ainda não há estimativas do prejuízo gerado pelas chamas e nem a causa do incêndio.
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