Depois de participar da votação polêmica, que durou quase 13 horas que aprovou o substitutivo integral ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 53/2019 sobre a revisão dos incentivos e remissão fiscal e a tributação de produtos em Mato Grosso, o deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC), um dos 8 parlamentares que foi contra a mensagem, declarou que está com 'vergonha de ser político'.
"Fizemos de tudo aqui, ficamos um mês consertando um projeto péssimo para o desenvolvimento. Em lugar nenhum do mundo você aumenta a arrecadação, ferrando quem paga a conta [consumidor final]. Principalmente neste momento, que o país e o estado está todo com dívidas. A economia arrebentada. Fomos para ruas acreditando. Não tô aqui para jogar pedra em ninguém", criticou.
Segundo o parlamentar, um dos setores que será atingido com a nova lei será a agricultura familiar. "A luz do homem do campo, do pequeno e médio vai subir de 20% a 30%. Bem acima da inflação. Fizemos de tudo, alguns projetos avançamos graças à Assembleia, comissões, mas principalmente a sociedade e setores econômicos que vieram aqui. Mas muitos não têm condições, como os assentados, os chacareiros que não têm como sair do sitio. Vocês terão energia mais cara. Este é o presente que Mato Grosso dá para vocês, que desbravaram este estado, que estão ai produzindo leite, frango e hortifruti, a comida que vai para mesa. Não tive força para lutar com a máquina pesada", lamentou.
O parlamentar alega que uma das formas de obter recursos seria com enxugamento da máquina pública. Para ele, a Assembleia e o Executivo podem diminuir o número de servidores comissionados.
O projeto foi aprovado com 14 votos e 8 contra. Foram acatadas sete emendas, embora mais de 70 tenham sido apresentadas pelos deputados.