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Notícias / Política

16/07/2020 às 10:17

Eleições municipais vão ser agravantes para cenário da covid-19 em Mato Grosso

Secretário de Saúde avalia que candidatos vão continuar com reuniões presenciais e estado terá que atuar para diminuir casos

Camilla Zeni

Eleições municipais vão ser agravantes para cenário da covid-19 em Mato Grosso

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Apesar da mudança na data das eleições municipais, o pleito deve trazer complicações para o cenário da covid-19 em Mato Grosso. Desde junho o estado já via aumentar consideravelmente o número de pessoas infectadas e das que perdem a vida em decorrência do novo coronavírus. Na avaliação do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, essa situação pode se agravar.

Por conta da pandemia, a discussão sobre o adiamento das eleições começou ainda no mês de março, quando a doença começava a crescer no Brasil. Em Mato Grosso a situação ainda era diferente, uma vez que estava agendado também um pleito suplementar para preencher vaga no Senado, aberta após cassação da juíza Selma Arruda (Podemos).

No mês de junho, porém, o Congresso Nacional aprovou uma emenda constitucional alterando para novembro a data das eleições municipais de 2020. Apesar disso, a corrida pelo voto da população já havia começado e o ritmo sequer parou.

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“Por mais distanciamento que vá ocorrer, vai trazer consequências. A campanha eleitoral vai trazer consequências. Porque, que candidato vai conseguir ficar parado, sem promover alguma reunião? Já existem denúncias diárias de prefeitos fazendo reuniões em bairros com tantas pessoas, descumprindo normas, porque essa é a maneira de fazer campanha”, avaliou o secretário, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15).

Conforme Gilberto, sabendo da dificuldade de isolamento social nas eleições, o Estado deve se preparar para tentar diminuir o contágio da covid-19 nesse período, mas garante que não será possível evitar que nenhum caso da doença aconteça. 

Para reduzir esse risco, uma medida já foi anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral:  a dispensa do uso de biometria. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (15), considerando que não seria possível fazer a higienização do aparelho a cada uso. Além disso, também se considerou o fato dele gerar filas nas salas de votação.

Além da dificuldade de distanciamento no período de campanha, a covid-19 já impacta nas eleições de outra maneira: o Tribunal Regional Eleitoral já vê dificuldades em conseguir voluntários para atuarem no pleito. Isso porque a maior parcela da população ainda teme os efeitos da pandemia e a falta de leitos hospitalares em Mato Grosso.

Na semana passada, uma campanha para o cadastro de mesários teve início em Mato Grosso. O órgão passou a divulgar os “benefícios” do cargo temporário, como folga de dois dias nos trabalhos e o fato de isso ser critério de desempate no caso de concursos públicos no estado.

Cabe lembrar, contudo, que apesar da mudança das eleições municipais para novembro de 2020, a eleição suplementar para o Senado ainda não tem data marcada. A expectativa é de que ela possa ser realizada junto com a municipal, para garantir, além da segurança diante da pandemia, economia aos cofres públicos, uma vez que o pleito suplementar tem custo estimado de R$ 11 milhões.
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