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Notícias / Judiciário

16/07/2020 às 16:16

Justiça reconhece progressão e autoriza ex-presidente da Câmara a tirar a tornozeleira

João Emanuel foi condenado em duas ações por fraudes e desvio de dinheiro da Câmara de Cuiabá

Camilla Zeni

O juiz Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, autorizou o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, a retirar a tornozeleira eletrônica a  qual ele estava submetido desde que deixou a cadeia, em 2019.

Condenado em dois processos derivados da Operação Aprendiz, João Emanuel chegou a passar dois anos e sete meses preso e conseguiu a progressão do regime de cumprimento de pena para o semiaberto em fevereiro do ano passado.

O ex-parlamentar foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública em razão de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público da Câmara.

Conforme a decisão do juiz, a defesa do ex-vereador pediu a suspensão da execução provisória de pena, argumentando que nenhuma de suas condenações transitaram em julgado, o que foi reconhecido e teve manifestação favorável pelo Ministério Público.

Dessa forma o magistrado determinou a alteração da data-base de cumprimento da sentença e, com o novo cálculo da pena, observou-se que João Emanuel já tinha direito ao regime aberto desde 15 de março de 2020. 

"Diante disso, determino que o recuperando compareça, munido da presente decisão, à Central de Monitoramento Eletrônico a fim de retirar a tornozeleira eletrônica", decidiu Pitaluga.

Condenações
João Emanuel teve a primeira condenação de 18 anos sentenciada em 2016, por instalar uma organização criminosa na Câmara e comandar licitações fraudulentas.

Depois, por lavagem de dinheiro e ocultação de bens - crimes que teria cometido 11 vezes, segundo o Ministério Público -, foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão. Ambas deveriam ser em regime inicialmente fechado.

Contudo, em dezembro de 2018 seu advogado, o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, conseguiu a redução das penas do ex-vereador. A primeira ficou em cinco anos e três meses, e a segunda em seis anos e oito meses, inicialmente em regime semiaberto. Com isso, João Emanuel deixou a cadeia em fevereiro de 2019.
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