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Notícias / Política

21/08/2020 às 07:05

Mauro comemora reforma da previdência e garante: ‘foi para o bem da grande maioria’

Governador disse que reconhecimento por suas decisões pode até demorar, mas virá

Camilla Zeni

Mauro comemora reforma da previdência e garante: ‘foi para o bem da grande maioria’

Foto: Michel Alvim/Assessoria

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), comemorou a aprovação da segunda parte da reforma da previdência estadual. Ele defendeu que as mudanças eram necessárias e que foram feitas em benefício dos servidores públicos.

A visão do chefe do Executivo, compartilhada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (20), aos jornalistas, em tom tranquilo, Mauro se apresentou convicto de que suas ações frente ao governo do Estado estão sendo em benefício da sociedade e dos servidores. 

Mauro Mendes disse também que é comum que as pessoas olhem para seus próprios interesses ao invés da coletividade, e reconheceu o direito de assim fazê-lo. Avaliou que, no entanto, a democracia aponta que a decisão da maioria deve prevalecer e apostou que o reconhecimento pelas suas decisões virá, ainda que demore.

"Fico feliz que aprovamos. O que fizemos aqui no Estado de Mato Grosso é para o bem da grande maioria dos mato-grossenses. Eu governo para todos, mas democracia é a vontade da maioria. E a vontade da maioria na Assembleia Legislativa foi pela aprovação. Nós fizemos o que é melhor para todos, não tenho dúvida disso. Com o tempo a maioria vai reconhecer, não tenho dúvida disso, mas demora às vezes", disse. 

O governador ainda encabulou o jornalista que o questionou sobre o assunto. Sem perder o tom, tranquilo mas firme, disse-lhe que sua proposta de reforma para a previdência deixou os servidores públicos em situação "mais amena" que a aprovada pelo governo federal, que também recai sobre o repórter. 

"A lei que aqui aprovamos é mais amena que aquilo que foi aprovado pelo governo federal. É mais amena que pra você, jornalista. Você vai se aposentar com 65 anos de idade, no mínimo. Muitos servidores vão se aposentar, ainda que com essa reforma, com 53, 55... Nós fizemos o que é melhor para todos, não tenho dúvida disso", manifestou.

Mas a visão do chefe do Executivo em relação ao tema não é a mesma dos representantes dos servidores, porém. 

Desde as primeiras discussões sobre a reforma, iniciadas no fim de 2019, o Fórum Sindical vem afirmando que a postura do governo é de "prejudicar" aqueles que atuam no funcionalismo público. O mesmo discurso foi feito após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência, votada no dia 12 de julho pelos deputados da Assembleia Legislativa.

Deputados oposicionistas também não deixaram passar adjetivos negativos em relação à postura do governador e da proposta de previdência. Valdir Barranco (PT) chegou a observar que nem mesmo um leito de hospital impediu Mauro Mendes de cometer maldades contra os servidores públicos. É que, na última semana de discussões antes da votação da PEC, o governador ficou internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia que teria sido agravada em decorrência da covid-19, contraída por Mauro no mês de junho.

Após a aprovação da matéria, o Fórum Sindical lançou uma nota. “Entre o jogo de cena e os ataques orquestrados pelo governador em conluio com seus deputados, utilizando-se covardemente do período delicado pelo qual o mundo passa, os servidores públicos se viram no pior cenário possível, visto que não foi garantida efetiva participação na discussão do projeto, não houve audiências públicas e não houve possibilidade de garantir um projeto que trouxesse justiça previdenciária”, dizia trecho do documento.

Agora, a classe de servidores tenta pressionar a Assembleia para "corrigir um erro". É que, na primeira parte da reforma da previdência, aprovada em fevereiro, os parlamentares permitiram desconto de 14% nos recebimentos de aposentados e pensionistas, deixando isentos apenas os que recebem até R$ 3 mil.

"É uma maldade do governador. Um confisco da remuneração daqueles que já contribuíram para a previdência", avaliou o deputado Lúdio Cabral (PT).
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