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Notícias / Política

21/08/2020 às 12:09

Deputada de MT assina pedido de saída de Damares por vazamento de dados de criança

Criança de 10 anos teve os dados pessoais divulgados pela extremista Sara Winter, que trabalhou no ministério comandado por Damares

Metropoles

Deputada de MT assina pedido de saída de Damares por vazamento de dados de criança

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A deputada estadual Rosa Neide, de Mato Grosso, é uma das 10 parlamentares que assinou uma representação pedindo o afastamento da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, por supostamente ter repassado dados da menina de 10 anos estuprada e engravidada pelo tio. O documento foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

A representação é assinada por Erika Kokay (PT-DF), Benedita da Silva (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Maria do Rosário (PT-RS), Luizianne Lins (PT-DE), Natália Bonavides (PT-RN), Margarida Salomão (PT-MG), Rosa Neide (PT-MT), Marília Arraes (PT-PE) e Zenaide Maia (Pros-RN)

O documento, obtido pelo Metrópoles, pede a apuração da conduta da ministra em relação à possível participação dela na apropriação e uso de dados pessoais e dos endereços da menina de 10 anos. Ela ficou grávida após ter sido violentada durante quatro anos pelo tio e, nesse domingo (16), conseguiu interromper a gravidez.

A representação cita a proximidade entre a ministra e a extremista Sara Fernada Giromini, conhecida como Sara Winter, que é ex-assessora de Damares e divulgou em redes sociais dados da criança, como o nome dela, “incitando”, segundo as deputadas, “grupos de fanáticos a tentar impedir realização de um aborto legal”.

Dessa maneira, as deputadas federais pedem o afastamento preventivo para prevenir que a ministra dos Direitos Humanos não interfira nas investigações sobre o vazamento das informações, além de impedir a possibilidade de uso do cargo para ações que imprimam maior sofrimento à criança, “já traumatizada”.

Procurada, Damares informou que o ministério não é responsável por qualquer vazamento de informação sigilosa em relação ao caso. Nessa quinta-feira (20), sem fazer menção direta ao caso, a ministra escreveu: “enquanto uns e outros perdem tempo com conspirações, nós aqui trabalhamos para fortalecer a rede de proteção da criança”.

Além disso, a ministra pediu, em ofício encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a apuração do vazamento de dados sigilosos da menina de 10 anos. Ela defende que a atitude de vazar os dados fere diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Penal Brasileiro.
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