Mesmo tendo assumido o cargo de senador somente em abril deste ano, Carlos Fávaro (PSD) foi classificado como o melhor parlamentar da bancada de Mato Grosso em um Ranking dos Políticos. O levantamento é uma iniciativa sem filiação política que compara senadores e deputados federais de todo o país.
A pontuação dos políticos é definida de acordo com os dados sobre os gastos, assiduidade, fidelidade partidária e processos judiciais. Fávaro zerou no item “presença nas sessões judiciais”, recebeu 10 em “privilégios”, zero em “processos judiciais”, 15 em “outros” e 60 em “qualidade legislativa”, somando 85 na pontuação total.
Em 2020, o parlamentar gastou R$ 64,8 mil e, segundo o levantamento, não possui processos. Os gastos inclusivem superam os dos demais senadores da bancada de Mato Grosso.
Na classificação geral entre todos os senadores brasileiros, Fávaro ocupa a 73ª colocação. Ele não possui dados de presenças ou ausências no site da Câmara dos Deputados ou Senado.
Depois de Fávaro, no ranking mato-grossense, aparecem Jayme Campos (DEM) com 25 pontos e Wellington Fagundes (PL) com 24 pontos.
Jayme não marcou pontos em “presença nas sessões”, fez 15 pontos em “privilégios”, zero em processos judiciais e em “outros”, além de 10 em “qualidade legislativa”. Gastou este ano pouco mais de R$ 31,8 mil. Também não há processos vinculados ao nome deste parlamentar. Na posição geral, ocupa a 267ª colocação.
Wellington Fagundes (PL), por sua vez, está na 9ª posição do Estado e 427ª na geral. Wellington zerou em “presença nas sessões”, marcou 11 em “privilégios”, -60 em “processos judiciais”, 15 em “outros” e 10 em “qualidade legislativa”. Este ano, Wellington gastou R$ 61,4 mil e relacionado a seu nome aparecem duas ações e um recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O Ranking
O ranking tem como fonte de informações sites governamentais e veículos de mídia de grande circulação. “Além disso, acompanhamos as votações mais importantes, e pontuamos os políticos de acordo com sua qualidade legislativa. O valor das leis analisadas é definido por nosso Conselho de Avaliação de Leis, levando em conta o quanto elas ajudam ou atrapalham o País”, explicam os fundadores do Ranking.
Entenda as pontuações
No item “presença nas sessões judiciais”, compara-se o percentual de faltas do parlamentar com a média de faltas dos demais políticos. A cada 10% a mais de faltas que a pessoa tiver, perde-se 10 pontos. A cada 10% de faltas a menos que o parlamentar tiver, ganha-se 10 pontos.
Já no item “privilégios”, é comparado o valor gasto pelo político, no período total do mandato, com a média de gastos dos demais parlamentares no mesmo período. A cada 10% de gastos acima da média perde-se 10 pontos. A cada 10% de gastos abaixo da média dos parlamentares ganha 10 pontos.
Em “processos judiciais”, é seguida a mesma lógica, para cada processo o político perde 10 pontos. Cada acusação grave (formação de quadrilha, corrupção, crime violento, etc) perde mais 10 pontos. Processos com condenação pesam em triplo. Os processos e justificativas apresentadas pelos parlamentares são analisados em parceria com o escritório de advocacia.
O item “outros” considera a formação universitária e filiações partidárias. Formados ganham cinco pontos. Filiados ganham 10, caso tenham permanecido sempre na mesma sigla ou perde 10 a cada troca.
Em “qualidade legislativa”, leva-se em conta como o parlamentar votou em uma série de emendas e projetos de lei.
