O Plenário do Senado fará uma sessão de debate temático semipresencial, no dia 17, a partir das 10h, para discutir a apresentação do plano de vacinação do governo federal e dos governos estaduais contra a covid-19. O requerimento da sessão foi assinado pelos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Nelsinho Trad (PSD-MS), Marcelo Castro (MDB-PI) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e apoiado por vários outros.
Para o debate, foram convidados:
Eduardo Pazzuelo, ministro da Saúde
Francieli Fantinato, coordenadora nacional do Programa de Imunização do Ministério da Saúde
Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Rodrigo Murtinho, diretor da Fiocruz
Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)
Também devem participar representantes da secretaria da Anvisa responsável pela área de imunização e dos laboratórios fabricantes das vacinas.
Dúvidas
Segundos os senadores, várias dúvidas precisam ser esclarecidas a respeito da futura vacinação. O texto do requerimento lembra que já existem ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o governo federal a apresentar um plano de vacinação e para questionar o presidente da República, Jair Bolsonaro, por ter desautorizado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação a uma possível compra da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório Sinovac, da China.
“É necessário que o Congresso Nacional busque sanar essas dúvidas à população. O Senado Federal e a Câmara dos Deputados, como responsáveis pela fiscalização das ações do governo federal, precisam, com maior brevidade possível, discutir o assunto e tentar auxiliar na superação dos desafios que se impõem a todos nós”, defendem no requerimento.
Estudo
No requerimento para a audiência, os senadores citam estudo elaborado pela empresa de logística DHL, em parceria com a consultoria McKinsey & Company (Delivering Pandemic Resilience) para apontar caminhos à superação dos desafios sem precedentes para ofertar uma vacinação global nos próximos dois anos.
É necessário enfrentar desafios como armazenamento, distribuição em condições extremas de temperatura, embalagem e organização de logística em relação ao tempo de atendimento à população nas diferentes regiões, algumas com extrema dificuldade de acesso. Também é preciso garantir os insumos necessários para imunização, como seringas e, principalmente, a indispensável colaboração público-privada e entre governos, diz o estudo.
“Não é possível nenhum tipo de conotação política, ideológica ou de competições entre entes da Federação sobre aquisição e distribuição de vacinas”, frisam os parlamentares no requerimento.
Fonte: Agência Senado