Estar no Centro Geodésico da América do Sul, ter incentivos fiscais atrativos, terra disponível, além do grande volume de produção são fatores que colocam Mato Grosso no centro de investimentos no Centro-Oeste brasileiro. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Miranda argumenta que a localização geográfica de Mato Grosso conta a favor do estado na chamada guerra fiscal e também tem servido para ampliar a visão de mercado do governo do Estado. “Começamos a ganhar porque temos terra, temos produção, temos localização geográfica privilegiada. Estamos no Centro Geodésico da América do Sul”.
Fator que tem ampliado a visão de mercado do governo do Estado. “Enquanto a gente trabalhou todos esses anos olhando para o Sul e Sudeste do Brasil, a gente tem que começar a olhar para quem está a nossas costas”, observa o secretário.
Consciente da capacidade da produção e da crescente demanda por comida, não só de países asiáticos e europeus, Miranda pontua que existem 60 milhões de consumidores na América do Sul. “Em síntese, temos que desenvolver políticas para alcançar esses mercados”, analisa.
O gestor garante ainda que o Estado tem os melhores incentivos fiscais da região. Os relatos de que Goiás era o melhor estado para se investir na região do Centro-Oeste já é parte do passado, na avaliação do secretário.
Para César, a fama do Estado vizinho era porque “dava incentivos fiscais que ninguém dava no Brasil”. Situação que evidenciava uma ‘guerra fiscal’. “Chegou um momento em que o Conselho dos Secretários de Fazenda e o próprio Congresso Nacional falou: 'chega'”, recorda.
Depois dessa decisão, os estados passaram a dizer quais incentivos fiscais seriam concedidos e quais seriam retirados. A mudança, teve objetivo de “arrumar a casa” porque “os Estados estavam se matando. Então aquelas distorções tributárias que existia, não existem mais”, explica.
Ele avalia que Goiás foi muito competente com os incentivos concedidos, contudo, eles causaram um problema de equilíbrio fiscal que hoje eles lutam para resolver. “Chegaram a ter um déficit de R$ 9 bilhões porque tinha setores econômicos que não pagavam nada. Mas isso, ajudou a desenvolver o Estado”, finaliza.
Para ele, “hoje não existe nenhum Estado do Centro-Oeste que tem incentivos melhores do que Mato Grosso. Pode ter igual, melhor não tem”, afirma.