O presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), encerra o mandato nesta quinta-feira (31) e já adiantou que retornará à presidência da Associação do Shopping Popular no dia 2 de janeiro. O petebista ainda garantiu que “já digeriu a derrota”, comemorou a vitória do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e recomendou que o vereador Abílio Junior (Podemos) aceite a derrota.
“Eu não mudei meu perfil e tenho orgulho da minha história, da minha classe, eu sou camelô. Hoje estou vereador, estou presidente desta Casa, mas encerro meu mandato e volto ao Shopping Popular, e tenho orgulho em dizer que tenho profissão e não nego. Dia 2 retorno ao posto de presidente do Shopping Popular trabalhando pelos associados e pela sociedade porque não precisa de mandato para atuar em prol da população”, declarou sobre o futuro, em entrevista coletiva nesta tarde.
Nesta terça-feira (29), a Câmara de Cuiabá finalizou a pauta de projetos com a aprovação de algumas propostas polêmicas, como o retorno da verba indenizatória para o chefe de gabinete e o aumento de salário para os parlamentares a partir de 2022. Além disso, na semana passada o Legislativo também autorizou a VI para o prefeito, vice e comissionados do Executivo.
Apesar de polêmico e questionado sobre o princípio da moralidade, Misael disse que tudo foi feito dentro da legalidade e conforme previsão constitucional.
“Tudo foi votado dentro da constitucionalidade, com o amplo debate e foi aprovado”, afirmou.
Sobre o fato da VI dos chefes de gabinete, o presidente da Câmara explicou que a procuradoria já recorreu da decisão do Tribunal de Justiça, que suspendeu o pagamento, mas argumentou ainda que após análise da equipe técnica optou por reduzir os valores, tanto dos parlamentares, que foi reduzida em R$ 900, caindo de R$ 18,9 mil para R$ 18 mil, e as dos chefes que era R$ 7 mil e agora passa a ser R$ 5 mil.
Sobre o aumento de salário para os vereadores, que contará a partir de janeiro de 2022, Misael garantiu que não existe imoralidade, mas sim legalidade. “Nós nos atentamos para todos os pequenos detalhes e seria omisso se não colocasse na pauta. Eu cumpri com a minha obrigação de presidente, dentro da legalidade, inclusive atendendo a legislação e prevendo o aumento para a partir de 2022”, justificou.
E Misael ainda comentou sobre a derrota de Abílio e a vitória de Emanuel: “estou satisfeito! Hoje faz 30 dias que a população escolheu Emanuel e estou feliz que o prefeito ganhou da arrogância, da falta de respeito…”.