Imprimir

Imprimir Notícia

05/06/2021 às 14:00

Avallone lembra eleição apertada e ‘baixo nível’ de Emanuel e teme por 2022

Camilla Zeni

O deputado estadual Carlos Avallone, presidente do PSDB em Mato Grosso, teme que as eleições de 2022 tenham campanhas de “baixo nível” como têm acontecido nos últimos pleitos. O parlamentar lembrou como exemplo a disputa à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em 2020 e a polarização esquerda-direita acirrada no país desde as eleições de 2018.

No cenário estadual, Emanuel é um dos nomes que tem se projetado para uma eventual disputa ao Governo do Estado contra uma possível reeleição do governador Mauro Mendes (DEM) - com quem troca farpas públicas -, e outros adversários, como o prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB). 

Para o presidente do PSDB, o emedebista não é um oponente a se tirar de vista, considerando que Emanuel acabou de se reeleger prefeito da Capital em uma disputa dura. Nas eleições de 2020, o gestor chegou a perder o primeiro turno e, no segundo, ganhou com uma diferença de cerca de seis mil votos, protagonizando uma das menores diferenças do país. 

Avallone também ponderou que a eleição de Emanuel gerou um desgaste muito grande e resultou em uma “campanha extrema e de baixo nível” e avaliou que essa projeção é para a qual também parece trilhar as eleições de 2022. 

“A gente tem que trabalhar para que isso não aconteça na campanha estadual, na campanha nacional. Nós temos que diminuir esse embate, essa relação de esquerda, direita absurda, que, para mim, não tem cabimento nenhum, sabe?! O brasileiro, ele nunca foi nem direita nem esquerda. O brasileiro sempre foi de centro. Nós somos pessoas ponderadas”, manifestou o deputado. 

Segundo o parlamentar, caso o PSDB decida não colocar uma chapa na disputa ao governo estadual, o partido terá que dialogar para eleger seu caminho. Isso porque as lideranças estaduais são aliadas do governador Mauro Mendes, enquanto as lideranças da Capital são aliadas do prefeito Emanuel Pinheiro. 

Avallone ainda destacou que, apesar da eleição apertada de Emanuel e da sua indecisão quanto à candidatura, há um clamor das ruas para que o gestor dispute o Governo do Estado. 

“As ruas estão dizendo isso. Ele acabou de ganhar uma eleição na Prefeitura de Cuiabá. A não ser o Ari Lafin que ganhou com 80% lá em Sorriso, todas as outras eleições que eu vi foram todas apertadas. E eu não estou fazendo defesa, não, eu só estou citando um fato. Ele acabou de ser reeleito prefeito de Cuiabá numa disputa bastante difícil, dura, não só apertada, mas com um desgaste imenso, não só dele, mas uma campanha extrema e num baixo nível”, finalizou.
 
 Imprimir