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06/10/2021 às 18:25 | Atualizada: 07/10/2021 às 11:32

Cúpula do DEM prestigia evento do União Brasil; deputados do PSL ignoram fusão

Alline Marques e Débora Siqueira

A cúpula dos Democratas de Mato Grosso participou da convenção nacional para aprovação da fusão entre DEM e PSL na manhã desta quarta-feira (6) em Brasília. Em compensação, os filiados da sigla social-liberal do estado parecem não estar muito contentes com a união das legendas. 

O governador Mauro Mendes (DEM), o senador Jayme Campos (DEM) e até o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), participaram do ato que bateu o martelo para a criação da União Brasil, que passará a adotar o número 44. Com a fusão, a nova legenda se torna o maior partido do Brasil, com 81 deputados federais e 8 senadores, consequentemente, terão a maior fatia do Fundo Partidário e ainda o maior tempo de TV, o que será altamente atrativo na hora de fechar as alianças majoritárias. 

Jayme já adiantou que a legenda pode lançar um candidato a presidente, mas não fala em nome, e garante que a união foi debatida, exaustivamente, para garantir um estatuto coeso e que defenda os interesses da sociedade brasileira. 

Para Botelho, o partido representa a união do país e já antecipa que esta será uma das missões da nova legenda. “Este é um partido que vai unir o Brasil, vai trabalhar pela geração de emprego, exploração de riquezas, valorização das mulheres, negros e pobres”, afirmou o parlamentar.

Botelho, inclusive, já adiantou que a meta é reeleger o governador Mauro Mendes, apesar do chefe de Estado ainda não ter assumido que irá disputar a eleição em 2022. No entanto, este posicionamento já demonstra qual será a prioridade do União Brasil, o que contraria alguns filiados do PSL no estado, como o deputado estadual Ulysses Moraes. O deputado Elizeu Nascimento também já manifestou interesse em deixar a legenda após a fusão. 

Mendes destacou que a fusão é um passo importante para a redução de partidos no país e acredita que novas uniões de siglas devam ocorrer no país, o que classifica como um “movimento inevitável”. “O eleitor brasileiro está cansado de tantas siglas partidárias e este é um movimento que vai ao encontro do que deseja o eleitor. Estamos saindo na frente”, declarou o governador durante o evento.

Porém, apesar de todo o prestígio da cúpula do DEM, os deputados do PSL, como Gilberto Cattani, Ulysses Moraes, Elizeu Nascimento e Delegado Claudinei, ficaram em Mato Grosso e não fizeram questão de estar presentes no evento. Nenhum deles sequer comentou o assunto. 

Há uma preocupação pelo fato de o novo partido ensaiar lançar um candidato a presidente e caminhar para a oposição a Bolsonaro. Ocorre que os parlamentares do PSL no estado são todos da base do presidente, portanto, corre o risco da nova legenda sofrer uma debandada durante a janela partidária, que permite a troca de partido, em março do próximo ano.
 
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