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16/11/2021 às 18:00

Vereadora classifica pedido de Vidal como 'estapafúrdio' e 'absurdo'

Alline Marques

A vereadora Michelly Alencar (DEM) não ficou muito contente com a representação que o seu colega de parlamento, vereador sargento Vidal (Pros), fez contra a sua pessoa junto à Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá. A democrata classifica a medida como “estapafúrdia” e “absurdo”, e garante que isso não irá lhe calar.

“Esta ação se resume em duas palavras: estapafúrdia e absurda. Foi movida pelo sargento Vidal para cassação do mandato por injúria, porque o vereador se sentiu acusado pela minha pessoa por ter repostado o posicionamento de um cientista político respeitado”, disse Michelly.

Vidal acusa a vereadora de quebra de decoro parlamentar. A medida é reflexo de uma publicação que a parlamentar fez em suas redes sociais, na qual insinua que os vereadores da base aliada teriam recebido recursos financeiros para não aceitar a abertura de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

“O crime de injúria, para aqueles que conhecem a lei, diz respeito à pessoalidade, quando uma pessoa é acusada e está postagem não tinha o nome de nenhum vereador”, rebateu a parlamentar.

Na representação, Vidal ainda cita o fato de a vereadora ter utilizado as suas redes sociais para pedir que os eleitores procurassem os seus vereadores a fim de cobrá-los quanto a aprovação da Comissão Processante. 

“Estamos aqui pela população e ela tem que nos cobrar, sim. E sempre que eu sentir necessidade de dizer à população para cobrar o seu vereador, o farei. Isso é liberdade parlamentar. Eu não vou admitir censura à minha palavra, intimidação, que a palavra de uma mulher seja censurada de forma descabida, desrespeitosa e irresponsável”, respondeu a parlamentar citando que a mesma postagem foi feita por outros vereadores de oposição.

Para ela, Vidal se “aproveitou” do fato de ela ser mulher para tentar intimidá-la. “Todos os homens da oposição postaram a mesma coisa. Isso foi postado por vários cidadãos cuiabanos. Isso foi falado por um jornalista e apenas uma mulher foi representada na Comissão de Ética. Não vou me intimidar. Não vai ser hoje, por causa de uma representação, que vou me permitir ser calada. Se o intuito da representação, sargendo Vidal, era me intimidar, me calar, quero dizer que não conseguiu. Eu não quero espetáculo, quero respeito”, finalizou.
 
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